Live TIM prevê base com mais streaming do que downloads via torrent em menos de um ano

Com a disponibilidade de banda larga fixa da Live TIM, a tendência é de que o usuário do serviço deixe de lado a prática peer-to-peer (P2P), associada a download de conteúdo ilegal em programas como Bit Torrent, para passar a adotar plataformas de streaming over-the-top (OTT). Segundo o diretor da área na operadora, Rogério Takayanagi, a curva de adoção na base fixa da companhia favorecerá os OTTs em menos de um ano. "Mais alguns poucos meses e a curva de streaming vai passar a curva de tráfego peer-to-peer, e essa é a oportunidade perfeita para monetizar o conteúdo através da Internet", disse ele durante painel na Feira e Congresso ABTA 2014 nesta quarta-feira, 6. Ele explica que essa adoção de streaming é dinâmica, com um aumento grande registrado durante a Copa do Mundo, por exemplo, mas que a tendência para o mix favorável aos OTTs existe. Falta que os provedores de conteúdo aproveitem.

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"Eles têm que evoluir em conteúdo de qualidade. Depende muito mais deles", afirma Takayanagi. Na visão do executivo, a questão não está relacionada à ameaça de players OTT, mas de programadoras que podem aproveitar oportunidades para monetizar o mesmo conteúdo, aumentando o período da audiência para aumentar a publicidade. "O pessoal se preocupa demais com a Netflix, mas quem oferece conteúdo linear, como esportivo, Telecine e Globosat, faltando só o infantil, tem o premium", diz. "A maior parte da audiência está nos canais gratuitos e no esportivo, o premium realmente está lá."

O diretor da Live TIM acredita que a edição da ABTA neste ano já mostra um amadurecimento em relação à suposta ameaça das OTTs. Quando perguntado se ele enxergaria uma tendência de haver problemas de neutralidade de rede como tem acontecido nos Estados Unidos, Takayanagi disse que existia a possibilidade entre "quem tem rede legada, com baixa capacidade", mas que isso não preocupava a TIM. "A gente está com rede sobrando, posso jogar esse tráfego, não uso nem 10% (da capacidade)", revelou. Até porque a empresa está cotada em primeiro lugar com a velocidade média de 3,19 Mbps no ranking de ISPs da Netflix. Ele reconhece, porém, que uma grande demanda por conteúdo pesado na banda larga poderia acabar exigindo um esforço conjunto entre provedores, mas diz que a prioridade da empresa agora não é essa.

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