Anatel desiste de agregar cobertura de distritos à faixa de 450 MHz

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, até tentou antecipar as obrigações de cobertura da área rural com a faixa de 450 MHz e incluir obrigações adicionais de para os distritos, que somam aproximadamente dez mil em todo o País, e ficaram de fora na ocasião da licitação da faixa, mas a negociação empacou e a Anatel desistiu. Agora, segundo o presidente da agência, João Rezende, a ideia é incluir o atendimento dos distritos na licitação das frequências de 700 MHz, que deve acontecer no ano que vem.

Notícias relacionadas
Quando perguntado por este noticiário se as operadoras tinham pedido demais, Bernardo desconversou: "queriam, elas queriam beijo na boca, mas agora a bola está com a Anatel", brincou.

Rezende explica que o andamento das negociações com as teles não deixaria tempo suficiente para que as operadoras conseguissem planejar o atendimento desses distritos. "Em março (de 2014) as teles já têm que começar a realizar as compras de equipamentos, para poder construir as redes e cumprir o prazo de junho para iniciar a operação. Vamos colocar isso no edital do 700 MHz", detalha Rezende, lembrando que é mais fácil incluir obrigações antes de um edital ser licitado.

Outras frequências

Rezende reiterou que a execução das obrigações de cobertura rural definidas no edital do leilão do 4G poderá ser efetuada com outras frequências, como já era previsto, e não necessariamente com o 450 MHz. "Algumas operadoras estão querendo usar as faixas de 1.800 MHz ou 850 MHz que já têm. E não tem problema nenhum, desde que cubram os municípios com voz e dados a 256 kbps de download e 128 kbps de upload".

Rezende reconhece que essa deve ser a escolha da maioria das operadoras, o que minimizaria os efeitos da padronização do LTE em 450 MHz, pelo menos nesse primeiro momento. "É possível que elas nem usem a faixa de 450 MHz, mas acredito que a padronização é importante e, por mais que ameacem, na minha opinião, ninguém vai usar o CDMA, que já é uma tecnologia antiga".

Nas obrigações originais do edital, a Anatel determina que 30% dos municípios tenham acesso à dados (256 kbps de download e 128 kbps de upload) até dezembro de 2013; subindo para 60% em dezembro de 2014; e para 100% em dezembro de 2015. Em 2017, a agência obriga que todos esses municípios já cobertos elevem a taxa de velocidade para 1 Mbps de download e 256 kbps de upload, mas com franquia mensal mínima de 500 MB.

Segundo o edital, a operadora pode optar pela autorização em qualquer serviço: STFC, SMP e/ou SCM. A tecnologia é indiferente, mas há uma predilição pelo LTE. "Na minha opinião, ninguém vai trabalhar com CDMA (na faixa)", afirmou a este noticiário.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!