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Cálculo para migrar concessão veio maior do que o esperado, afirma Ligga

Foto: Pixabay

Um dia após a apresentação pela Anatel da metodologia de cálculo para a migração das concessões de telefonia fixa (STFC), a Ligga Telecom (que reúne a concessionária Sercomtel e a antiga Copel Telecom) veio a público manifestar “surpresa” com o valor estimado no processo da companhia.

“O Grupo Ligga, que abrange também a Sercomtel, recebeu com certa surpresa os números apresentados pela Anatel. O valor indicado, no nosso caso R$ 167,1 milhões, está muito acima do que estimávamos internamente. Nossos cálculos apontavam que os custos para a adaptação teriam um montante muito inferior”, afirmou a empresa paranaense, em comunicado nesta quarta-feira, 6.

Ainda assim, a operadora quer mais tempo para avaliar a decisão da Anatel pela metodologia de cálculo. A composição da cifra ainda será digerida pela Ligga, “especialmente quanto ao impacto de cada fator (depreciação de bens imóveis, Fator X etc.) na definição do preço a ser pago e as premissas utilizadas na modelagem”.

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A Ligga também mostrou preocupação com a futura destinação dos recursos. “Será fundamental o desenvolvimento de uma agenda com a Anatel para delimitar bem o uso desse valor. Está em aberto a Consulta Pública nº 38/2022, que pretende, entre outros, identificar projetos para aplicação dos recursos, o que será crucial para a decisão sobre a migração”.

Nova concessão

No comunicado enviado à imprensa, a operadora de telecom voltou a apontar o “declínio e a extrema dificuldade de rentabilização” da concessão de telefonia fixa por parte das empresas.

“A Anatel valorou a migração em mais de 22 bilhões de reais. Quem pagaria esse valor para explorar a telefonia fixa no Brasil?”, questionou a Ligga, utilizando o valor somados dos processo de adaptação de todas as concessionárias de telefonia fixa.

Ao mesmo tempo, a própria empresa colocou que vê como oportunidade um novo leilão dos contratos de concessão (em caso de saída das incumbentes).

“O desinteresse pela migração, gerado pelos elevados valores apresentados pela Anatel, pode abrir uma discussão interessante sobre um novo leilão de concessão. E isso nos interessa muito, em razão dos ativos (como postes e dutos, por exemplo) que estarão presentes na negociação. Mesmo com a baixa atratividade econômica direta, esse leilão pode gerar impactos significativos na dinâmica do setor”.

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