A Algar Telecom divulgou na noite desta quinta-feira, 6, os resultados do balanço referente ao primeiro trimestre de 2024. No período, a companhia mineira registrou um avanço do seu prejuízo líquido (+430,7%), para R$ 54,7 milhões.
A tele atribui o prejuízo menor nos três primeiros meses do ano passado ao impacto de um maior valor de Imposto de Renda diferido no mesmo período do ano passado.
Por outro lado, a receita líquida apurou avanço (+2,3%) neste primeiro trimestre, somando R$ 698,3 milhões.
Os números positivos decorrem sobretudo da receita de R$ 228,5 milhões no B2C (+7,1%). Já no B2B não houve avanço nem recuo, com manutenção de R$ 469 milhões em faturamento.
Além disso, a empresa registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 290 milhões (+3,4%). A margem teve um avanço tímido (+0,4 ponto percentual), ficando em 41,6%, enquanto o capex operacional registrou crescimento mais elevado (+7,6 p.p.), a 21%.
Segundo a Algar, os investimentos no primeiro tri alcançaram R$ 146,7 milhões, sendo que 84% foi destinado a conectar clientes nas suas duas unidades de negócios. "O maior volume de capex, se comparado ao do ano anterior, é explicado, sobretudo, por investimentos realizados na ampliação da cobertura móvel 5G, no 1T24, e por maiores investimentos em TIC – para suportar o crescimento das receitas desses serviços", diz.
Focada em gerar maior eficiência operacional e na captura de sinergias após prejuízos no ano passado, a operadora fechou com despesa líquida de R$ 129 milhões, pequena queda (-1,4%) na comparação com o período anterior, decorrente de captação de R$ 700 milhões em dezembro passado e do aumento de outras despesas financeiras.
Avanço no B2C
No varejo (B2C), a Algar teve performance puxada pelos R$ 112,3 milhões da parte de conectividade (+14,7%) e outros R$ 18 milhões de outras receitas (+23,3%).
Nos doze meses encerrados em março, a Algar conectou 19,7 mil clientes em fibra, chegando a 559,1 mil usuários de varejo. Assim, a base com fibra instalada também avançou (de 98,6% para 99,3%), o que gera uma melhor experiência no acesso à internet, diz a empresa.
A receita com serviços de voz móvel ficou praticamente estável (+1,6%), para R$ 83,5 milhões. O destaque foram os R$ 18,4 milhões do pré-pago (+4,5%). O pós-pago permaneceu praticamente igual aos primeiros três meses de 2023 (+0,9%), com R$ 65,1 milhões.
"As receitas de serviços adicionais por sua vez, contabilizadas no grupo de outras receitas, cresceram consideravelmente influenciadas principalmente, pelos serviços de gestão do wi-fi e de segurança e saúde. Esse resultado reflete a estratégia da companhia em adicionar serviços que agreguem valor à conexão à internet", afirma a Algar, na divulgação dos resultados.
Tendência comum entre as operadoras nos últimos anos, as receitas com voz fixa fecharam com forte queda (-21%), para R$ 14,7 milhões. Isso é justificado pelo comportamento dos usuários de substituir o serviço pela comunicação via dados.
No corporativo, receita estável
No segmento B2B, a Algar Telecom manteve no primeiro trimestre do ano praticamente igual receita líquida registrada entre janeiro e março de 2023. A companhia afirma que a receita dos clientes corporativos avançou 1,8%, impulsionada pelos serviços de TIC (+26,1%), o que compensou a queda das receitas de conectividade (-7,5%).
Com alta no número de clientes e ARPU (receita média por usuário) na banda larga, a receita decorrente das micro e pequenas empresas também evoluíram (8,9%).
Apesar disso, houve fortes recuos nas receitas no atacado (-20,6%) e no M2M (-8,8%), em função do uso menos intensivo do serviço em empresas de adquirência. Apesar das chuvas no sul do País, a Algar que não houve impacto financeiro relevante nas suas operações situadas na região.