A TIM Brasil não deve ser protagonista no processo de consolidação do setor de banda larga fixa, indicou o CEO da operadora, Alberto Griselli, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 6, após a divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre no dia anterior.
O executivo ressaltou que a operação de Internet fixa é um "tema menor na nossa agenda", tendo em vista que o serviço de fibra óptica representa menos de 3,5% da receita de serviços da empresa. Inclusive, no primeiro trimestre, o faturamento da TIM Ultrafibra diminuiu 4,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 218 milhões.
"O mercado precisa de mais consolidação para ser sustentável", disse Griselli. "Temos uma operação pequena. Temos possibilidade [de fazer aquisições de provedores], mas, hoje, o mercado não é atrativo", complementou.
Condições
O CEO da TIM Brasil ainda elencou três fatores para manter o pé no freio no que diz respeito ao mercado de banda larga.
O principal deles é o fato de que a empresa não dependeria de combos de fixo e móvel para seguir crescendo. No primeiro trimestre, o faturamento do serviço móvel da TIM avançou 6,2%, alcançando R$ 5,29 bilhões – ou seja, 94,8% da receita total de serviços.
"A convergência [entre fixo e móvel] não é necessária para o nosso sucesso. Se fosse, poderia mudar o nosso posicionamento, mas hoje não é", pontuou Griselli.
Em seguida, o executivo lembrou que o mercado brasileiro de provedores de serviços de Internet (ISPs) ainda é "muito pulverizado".
"O segundo ponto é que tem muita gente [no mercado], precisa consolidar muita gente. A grande questão é: nós somos protagonistas neste processo ou não? Como é [uma operação] pequena para gente, podemos deixar e esperar que outros ativem esse processo", ressaltou Griselli.
O CEO, por fim, ainda apontou o preço dos ativos como um terceiro fator na atualidade que afasta a empresa de buscar aquisições de provedores.
