VMWare vê NFV como etapa necessária ao 5G

A virtualização das redes é uma tendência inexorável, na visão da VMWare, e para que a quinta geração de serviços móveis (5G) possa ser explorada em todo o seu potencial, a virtualização das funções de rede (NFV – Network Function Virtualization) é uma etapa incontornável. A boa notícia, na avaliação de José Duarte, presidente da VMWare Brasil, é que as operadoras brasileiras já iniciaram este processo. A VMWare participa do processo de virtualização de pelo menos uma grande tele brasileira e, por meio de uma parceria com a Ericsson e Nokia para a integração aos equipamento destes fornecedores, possivelmente estará em outros projetos semelhantes. "No ambient de 5G, a última coisa que a operadora tem que se preocupar é se a infraestrutura da sua rede está pronta para gerenciar o volume de tráfego e a infinidade de aplicações que vão ter que rodar nessa rede. Isso precisa ser um processo ágil, elástico e agnóstico, e é isso que a virtualização das redes pretende oferece".

O conceito é deixar com que cada nova função de rede possa ser instalada e gerenciada virtualmente em um datacenter ou nas bordas das redes, mas com capacidade de expansão quase imediata caso haja a demanda, sem a complexidade de gestão de hardwares e sistemas dedicados e instalados localmente nas próprias operadoras. "As operadoras já entenderam que os sistemas abertos trazem muito mais vantagens do que riscos", aposta Duarte. O tema ainda é controvertido entre os grandes fornecedores. A Huawei adota um modelo muito mais concentrado, em que ela fornece todos os equipamentos e sistemas para as redes. A Nokia também advoga as vantagens de um fornecedor único, ainda que esteja aberta à integração com outros fornecedores, até por demanda do mercado. Mas a VMWare acredita que, atuando com foco na virtualização de funções de rede, terá espaço para atuar junto às empresas de telecom no disputado mercado de 5G. "As redes do futuro apresentarão picos de capacidade cada vez mais complexos de serem gerenciados a infraestrutura tem que ser flexível para ir e voltar conforme a demanda".

O processo de virtualização, diz José Duarte, já deve começar imediatamente, com as redes 4G, que têm um significativo ganho de performance, mas será determinante para a próxima geração. "Sem NFV, o 5G não acontece", diz.

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