Parceria com operadoras é um dos principais diferenciais para streamings de música

Dados divulgados em abril pela organização global que representa gravadoras de música, a IFPI, afirmam que os serviços de streaming de música geraram US$ 1,57 bilhão em 2014 no mundo, um crescimento de 39% em relação a 2013 e que representa 23% de toda a receita digital global. Um total de 41 milhões de assinantes no planeta consomem música por meio de plataformas over-the-top (OTT), como Spotify, Google Música e Deezer. E o carro-chefe é justamente o consumo desse conteúdo em smartphones. Segundo explica o diretor geral da Deezer para a América Latina, Mathieu Le Roux, parcerias com operadoras são fundamentais para a diferenciação no mercado, já que o catálogo de todas é igualmente extenso. "Nossa capacidade de acordo com operadoras permite fornecer música através de planos ou standalone, seja por billing ou embutido em plano que te oferece a música, e vemos uma vantagem na redução drástica do churn, que, nos primeiros acordos, mostrou recuo de 50%", declarou ele durante debate no Tela Viva Móvel nesta quarta, 6.

A companhia realizou seu primeiro contrato do tipo com a francesa Orange, chegando depois na América Latina com a Tigo Milicon na América Central, Cable & Wireless no Caribe, e com a TIM no Brasil. A parceria com a brasileira ainda está em fase de transição, diz Le Roux: a base declarada na manhã desta quarta-feira pela operadora, de um milhão de clientes, é uma mistura de acessos da Deezer com a antiga plataforma TIM Musica. Além disso, contabiliza total de pessoas que já usaram, mas não necessariamente ativos. "A parceria foi fechada em novembro, mas a migração começou apenas em janeiro", ressaltou.

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Outras formas de diferenciação dos serviços OTT, ele diz, estão nos recursos de recomendação, na facilidade de compartilhamento e na possibilidade de fazer upload em mp3 de músicas que estão fora do catálogo do streaming.

A companhia conta com 16 milhões de usuários ativos no mundo, sendo 6 milhões (ou 37,5%) de usuários pagos. Le Roux afirma que, considerando toda a base ativa brasileira, a Deezer tem um percentual "equilibrado" entre clientes da TIM e usuários sem vínculo com a operadora. "Mas o potencial é enorme", reconhece ele. Como vantagens óbvias para a base da tele estão a possibilidade de pagamento na fatura, além de poder evitar consumo da franquia de dados.

Mas o diretor da Deezer insiste: a principal concorrência no País não é com Spotify ou Google, mas da pirataria. Ainda assim, há também possibilidades. "No Brasil, os serviços OTT reduziram o hábito da pirataria em 36%, e 57% estão querendo assinar um OTT em breve", diz, citando um estudo da Opinion Box de novembro do ano passado. "O streaming cresce porque é freemium, e todas que fizeram sucesso tem em comum esse modelo de negócio, que mostra vantagem em comparação com a pirataria", destaca.

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