A destinação de investimentos atuais na TIM está em seu ápice, segundo o CEO da empresa, Rodrigo Abreu. Isso porque o Capex para instalar infraestrutura para a rede 4G acaba se sobrepondo ao 3G, incluindo o backbone e o backhaul em fibra. Mas, uma vez que essa fase passe, inclusive com a próxima geração de redes móveis, o 5G, o ritmo seria menor, com melhor aproveitamento dos ativos. "Vemos sim um pico de investimentos de Capex, mas depois vamos para o normal da indústria, que é 15% a 17%, ao longo dos próximos anos", declarou o executivo durante teleconferência de resultados financeiros nesta quarta-feira, 6. "Investimento em backbone e backhaul em infraestrutura 4G acabam sendo mais duráveis com o tempo."
Abreu cita o exemplo melhor aproveitamento o projeto de refarming da faixa de 1,8 GHz que a operadora iniciou recentemente, o fácil upgrade da capacidade de fibra com atualização apenas nas pontas e as características das novas gerações de rede móvel. "Existe um consenso que a tecnologia 4G vai ter um perfil de sustentar muito mais longe do que o 3G, e ela não vai ser substituída, será complementar ao 5G", declara.
A TIM aumentou 7,1 km de fibra no backbone no trimestre, além do crescimento de 79% no número de small cells (contando com Wi-Fi), 88% na cobertura 4G e 16% na 3G. Os investimentos da companhia no período, considerando somente a rede móvel, foram de R$ 924 milhões. A operadora declara que isso se dá pelo aumento da eficiência no Capex, além da venda de 4.176 torres para a American Towers por R$ 1,9 bilhão completada na semana passada – mais 2.305 desses ativos serão vendidos ao longo do ano, totalizando uma transação de R$ 3 bilhões. Os investimentos do plano industrial do triênio 2015-2018 mostraram aumento de 27% em relação ao plano 2014-2017, saindo de R$ 11 bilhões para R$ 14 bilhões.
