A TIM já começa a se movimentar para investir nas oportunidades do mercado de comunicações máquina-a-máquina (M2M) com a desoneração do Fistel. A operadora, que possui 13,9% de market share (1,209 milhão de acessos, segundo dados da Anatel de março), deverá criar um núcleo de operações e controle (NOC) em São Paulo e que será especializado para o atendimento desse mercado. "Esperamos lançar no segundo semestre deste ano o nosso NOC, é o segundo estágio após a criação de um time dedicado", disse o diretor de M2M da TIM, Gilberto Miyahara.
Segundo ele, a estrutura de suporte operacional contará com disponibilidade 24 horas para os clientes. "Na área de consumer, você tem uma linha de atendimento para ter suporte adequado. Nesse caso (do M2M), é para ajudar aplicações de nossos clientes. É colocar um selo de qualidade e dedicação para o tema", diz.
De acordo com o executivo, a TIM está trabalhando com um time de especialistas em solução M2M para analisar projetos para clientes. Por enquanto, não há previsão de parcerias acadêmicas. "Não estamos posicionados para alavancar essas parcerias, não temos programa pronto".
Isso tudo será acompanhado de novos modelos de negócio. "Em breve, estaremos comunicando novos planos para o portfólio de M2M e também parceria estratégica para trabalhar melhor todo o ecossistema", declara Miyahara. A companhia pretende atuar com aplicações não apenas baseadas em redes móveis, mas também sem a necessidade de uso de SIMcard, como em redes internas, meios de pagamento e smart meters para utilities.
As smart grids, aliás, são uma área de interesse para a TIM. A operadora usa como benchmark a experiência da controladora Telecom Italia. "O modelo de smart meters na Itália já tem 92% de adoção, muito movido pela lei (implantada no país europeu em 2009 para facilitar as redes inteligentes)", diz. "Temos que ter uma discussão aberta e bem alinhada com oportunidades do mercado." O executivo participou nesta terça, 6, de evento sobre M2M organizado pela Momento Editorial, em São Paulo.
