Oi detalha riscos da fusão à SEC

Que a conclusão da compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi ainda depende de mudança no PGO e autorização da Anatel e do Cade, todos já sabem. Mas o "Form 20-F", relatório referente ao exercício fiscal de 2007, enviado à comissão de valores mobiliários dos EUA (SEC) na última segunda, 5, pela Tele Norte Leste Part. S/A, relata em detalhes fatores de risco relacionados à operação com a BrT.
Segundo o documento, a rescisão do contrato de compra e venda de ações "teria um efeito materialmente adverso no nosso crescimento, para nossa estratégia de convergência e para nossa competitividade". Vale lembrar que no caso de o negócio não ser concluído até dia 21 de dezembro de 2008 (prazo que pode ser estendido até 25 de abril de 2009), a Oi deverá pagar uma multa por descumprimento contratual no valor de R$ 490 milhões. "O que pode afetar nossos resultados operacionais e financeiro", admite o documento.

Outros riscos

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"Ainda que sejamos capazes de efetivar a aquisição da BrT Part (a holding) e da BrT (operadora), podemos ter dificuldades em integrar as operações da BrT com as nossas e, com isso, podemos não conseguir obter os benefícios vislumbrados com a operação com a BrT", destaca o relatório da Oi. A justificativa é a complexidade de integração das operações, que inclui:

– falta de experiência na integração de operações tão complexas quanto as da BrT, o que poderá demandar grande aplicação de tempo e recursos da administração e, consequentemente, desviar a atenção das atividades diárias;

– atribuição de responsabilidade ou contingências fiscais, trabalhistas, ambientais ou outras em virtude da aquisição que poderiam afetar de forma materialmente adversa os resultados operacionais e a condição financeira da Oi; e

– dificuldades ou atrasos na sincronização dos sistemas de informação, operacional e procedimental, vendas e políticas de crédito, e controles financeiros.

"Se formos incapazes de lidar corretamente com esses riscos e desafios, podemos sofrer custos operacionais substancialmente superiores aos esperados, ou podemos não conseguir atingir os benefícios vislumbrados com a operação com a BrT", diz o documento.
A Oi aponta ainda a possibilidade de a empresa ter de captar recursos adicionais para financiar a operação de aquisição da BrT, podendo limitar a flexibilidade operacional ao comprometer uma parcela do fluxo de caixa e afetar a capacidade de suportar pressões dos competidores ou ajustes de mercado. Outro impacto negativo possível seria a "imposição de condições restritivas ou de alto custo para aprovação da operação" por parte do Cade.

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