Seal Sistemas implementa Wi-Fi de alta capacidade em agroindústria da Aurora

A agroindústria da Aurora, em Chapecó (SC)

Devido à demanda de consumidores e clientes de países desenvolvidos, o monitoramento da produção e a rastreabilidade na cadeia de alimentos é uma demanda cada vez maior das agroindústrias brasileiras. Por isso, a Aurora Coop, uma das maiores cooperativas agrícolas do País, implementou um projeto de conectividade para cobrir toda a planta da fábrica localizada no município de Chapecó (SC).

O projeto de conectividade foi implementado com o auxílio da Seal Sistemas, integradora de tecnologia que também atende a players do agro como BRF e Piracanjuba. No caso da Aurora, a necessidade era implantar pontos de acesso de Wi-Fi de alta capacidade para apoiar a tomada de decisão na área de 28 mil metros quadrados.

A indústria da Aurora foi reinaugurada em abril do ano passado, após investimentos da ordem de R$ 587 milhões com foco em melhorias no grau de automação na produção de frangos. Com a exportações para Reino Unido, Emirados Árabes Unidos (EAU) e União Europeia (UE), o faturamento da fábrica supera os R$ 86 milhões por mês.

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Em entrevista ao TELETIME, o vice-presidente de Vendas e Head da Unidade de Negócios Seal Networks, Ruy Castro, explica que um dos desafios da indústria em Chapecó (SC) é o ambiente. Para manter as cerca de 278,3 toneladas de alimentos produzidas por dia saudáveis até o envio ao varejo, a planta chega a ter temperaturas de -30 graus em determinados espaços, ao passo que enfrenta calor extremo em outros ambientes.

"A necessidade da Aurora era ter esse controle, tanto do processo produtivo, dos apontamentos, para ter as informações em tempo real, quanto dos pedidos, para elaborar a estratégia da entrega, bem como ter acessibilidade", explicou o executivo. "E esse ambiente é muito agressivo para a rádio frequência. Uma fábrica envolve aspectos como maquinário, temperatura e a presença de líquidos aliada com a produtividade laboral."

Implementação

A Seal realizou uma análise do local e implementou 32 antenas externas produzidas pela Extreme Networks, fabricante de equipamentos de infraestrutura de rede dos Estados Unidos.

Outros seis access points (AP) foram inseridos nos corredores do local. Além disso, foi instalada a Extreme Cloud IQ (XIQ), plataforma com recursos de Machine Learning e Inteligência Artificial (IA) que leva a gestão de rede sem fio corporativa até a nuvem.

Entre os dados que passaram a ser acessados de forma instantânea com o apoio da tecnologia estão o plano de produção, volume de descarte e reprocesso, volume de produção entregue por hora, gestão do quadro de colaboradores, entre outros dados necessários para a gestão.

A tecnologia ainda é capaz de implementar mudanças na conexão de maneira automática, redirecionando a capacidade de acesso para atender a demanda em horário de pico, por exemplo.

"Toda a rede é inteligente com Machine Learning. Se por acaso, por algum motivo processual, dobram os números de usuários de 10 para 20 em uma determinada área, os APs entendem que há uma sobrecarga e fazem o rebalanceamento para melhorar a frequência", diz Castro.

Diante da performance positiva, a Seal Sistemas também vai implementar projetos completos de conectividade em outras indústrias da Aurora no Brasil – entre plantas de lácteos, suínos, aves, processamento de carnes, armazéns e granjas, a Aurora tem 39 unidades produtivas.

O próximo projeto da Seal junto à empresa será na ampliação da fábrica no município de São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul. A iniciativa deve ter início nos próximos dois meses.

Negócio

Integradora conhecida no mercado, a Seal Sistemas tem uma carteira composta por mais de 2 mil empresas em setores estratégicos da economia, a exemplo de varejo, logística, indústria, saúde e educação. Além de IA e Machine Learning, as soluções passam por Cloud, Big Data e Internet das Coisas (IoT).

Segundo o head da Unidade de Negócios Seal Networks, a companhia tem registrado crescimento a uma taxa de dois dígitos ao longo dos últimos anos – um ritmo que foi mais acelerado durante a pandemia, por conta do 'boom' de investimentos em tecnologia. Em um período de transição tecnológica, Castro ressalta que boa parte dos projetos de atualização miram no Wi-Fi 6E.

Nos próximos anos, o executivo acredita que o intervalo para atualização tecnológica das redes será cada vez menor. "Há 10 anos, o tempo de vida de uma rede variava entre 10 a oito anos. Hoje, o lifetime de uma operação chega a cinco anos", afirma.

"É muito importante que essa atualização seja feita de forma transparente. Mas estamos em um momento bem interessante dessa mudança", finaliza. Para 2025, a Seal espera repetir o crescimento acima de dois dígitos.

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