Ericsson: conectividade diferenciada com foco em serviços digitais

Rodrigo Dienstmann, CEO da Ericsson para Latam Sul

A mensagem da Ericsson durante o Mobile World Congress 2025 (MWC 2025) que aconteceu esta semana em Barcelona, foi mais uma vez além da questão da conectividade diferenciada. Há alguns anos a empresa sueca tem levantado a bandeira de que as operadoras de telecomunicações precisam atuar na frente de novos serviços digitais e pensar em redes programáveis como forma de buscar a rentabilização dos investimentos em 5G e ampliar seu portfólio.

Este ano, não foi diferente. Para Rodrigo Dienstmann, CEO da Ericsson para a América Latina Sul, as novas aplicações que criam uma grande demanda na rede já estão se tornando realidade. "O óculos de realidade aumentada da Meta, por exemplo, consome oito vezes mais dados do que um smartphone comum, e esse é um exemplo de um produto que está vendendo muito acima das expectativas". Para ele, esta conectividade diferenciada pode vir das redes 5G atuais, no caso brasileiro. "É o que transforma a faca em canivete suíço", diz.

Ele indica que o 5G Advanced até traz de fato novas capacidades, como integração com satélite, AI, mas não é fundamental para os novos serviços. "O essencial é o 5G standalone, que temos no Brasil de maneira relevante, mas não é assim em outros lugares. No nosso caso temos 41 redes já com standalone, de 180 com 5G. O problema é que as operadoras esperam ter aplicações que gerem massa crítica para fazerem esse investimento na nova geração, e o que a gente mostra é que e já se chegou a esse ponto crítico".

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Open Gateway

Segundo Dienstmann, o Open Gateway, que são as APIs abertas de rede, amadureceu muito desde 2024. No ano passado, a Ericsson criou, em conjunto com operadores, a Aduna, que funciona como um hub daquilo que está sendo desenvolvido

"A gente tem esse tema aqui há muitos anos, desde que compramos a Vonage, e no ano passado lançamos a joint venture Aduna, com as operadoras, para desenvolver essa conectividade diferenciada com aplicações digitais. Agora vemos as APIs sendo vendidas, e isso em si já é um produto. O próximo passo é criar serviços em cima dessas APIs". Segundo ele, já houve o amadurecimento entre as operadoras da ideia sobre as APIs abertas. 

Outro modelo de rentabilização do 5G são os acessos FWA, que no Brasil tem alguns desafios específicos, como a alta penetração da fibra ótica. "Existe um nicho ao FWA, que são as áreas de franja das operadoras móveis", afirma. 

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