América Móvil também suspendeu contratos com Starlink após ofensa de Musk

Foto: Pexels

A exemplo do que aconteceu esta semana com a província de Ontário, no Canadá, a  América Móvil (AMX) também suspendeu acordos que possuía com a Starlink para capacidade de Internet via satélite. No entanto, no caso da América Móvil, o movimento se deu ainda em fevereiro, após o dono da operadora de baixa órbita, Elon Musk, compartilhar uma publicação no 'X' em que reagia a uma outra publicação associando, sem quaisquer provas, o empresário Carlos Slim a cartéis de drogas no México. A informação sobre a suspensão de contratos foi divulgada pela imprensa mexicana na semana passada.

Até então, a holding mexicana contava com tecnologia da Starlink para complementar o atendimento de clientes B2B (corporativos) em áreas onde não está presente, observou ao TELETIME uma fonte a par do assunto. Na Colômbia, por exemplo, uma parceria entre a dupla já havia se tornado pública.

As operações da Claro na América Latina também possuíam acordos de backhaul fornecido pela Starlink para complementar a cobertura de telefonia móvel (não no Brasil), assim como ocorre ao lado de outras empresas satelitais, como Intelsat/O3B e Hughes.

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Tais contratos foram suspensos após posturas de Musk consideradas como uma "grande ofensa". Em publicação postada na rede social X no dia 23 de janeiro, o empresário compartilhou postagem que acusava Carlos Slim de "ter laços significativos com os cartéis de drogas no México", sem apresentação de qualquer tipo de evidência. Até a publicação dessa reportagem, a postagem de Musk continuava no ar.

A publicação em questão também destaca que Slim se tornou o maior detentor de ações listadas do The New York Times. De fato, o mexicano aumentou a sua participação no jornal no dia 14 de janeiro, passando a deter 16,8% do negócio, de acordo com informações publicadas pela Reuters. Na oportunidade, entidades relacionadas a Slim exerceram a opção para comprar cerca de 15,9 milhões de ações ordinárias. Até então, sua participação no jornal era de 8%.

Investimentos próprios

Na divulgação do balanço referente ao ano de 2024, realizada no mês de fevereiro, a América Móvil divulgou uma projeção de investimentos da ordem de US$ 22 bilhões nos próximos três anos.

O objetivo é expandir a infraestrutura de maneira independente na região. É uma característica do grupo liderado por Slim apostar mais em investimentos próprios do que em recursos de terceiros, observou uma fonte ao TELETIME.

Colômbia

Na Colômbia, onde uma parceria entre Claro e Starlink chegou a ser tornada pública em dezembro, a aliança mirava pequenos, médios e grandes negócios, assim como entidades governamentais, em áreas onde não há a disponibilidade de cobertura de rede fixa, por exemplo. Entre os setores que poderiam ser beneficiados estavam agricultura, mineração, logística, bancos e serviços públicos.

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