A Associação GSM (GSMA) reúne-se nesta quinta-feira, 9, com a Anatel para entender a posição da agência na definição de freqüências para serviços de terceira geração (3G). A associação já havia enviado um documento no último dia 10 de fevereiro sugerindo à agência que assegurasse a designação da faixa do IMT-2000 dentro de padrões internacionais para evitar que os telefones celulares sofram interferência no espectro rádio-elétrico.
A maior preocupação, segundo o vice-presidente sênior de políticas públicas da Associação GSM, Ricardo Tavares, é quanto a atribuição de parte do espectro da faixa de 1900 MHz (1850-1910/1930-1990 MHz) para a tecnologia CDMA. ?O Brasil seria o único país a usar esse espectro como faixa mista, para os dois serviços. Sem experiências internacionais, não teríamos parâmetros para estabelecer um funcionamento eficiente e testado?, diz Tavares. Para a Associação GSM, o uso de parte do espectro de IMT-2000 causa interferência das estações radiobase CDMA-2000 com os terminais 3G com tecnologia GSM, e vice-versa. ?No caso da Vivo lançar sua rede 3G primeiro, por exemplo, as vítimas seriam os usuários de celulares com tecnologia GSM?, diz Tavares.
Na quinta-feira, a associação vai pedir à Anatel que cumpra o planejamento previamente acordado sobre o uso da faixa de PCS e IMT-2000 ,?uma discussão que remonta aos anos de 1999 e 2000, quando foi estabelecida a política de freqüências?, afirma o executivo. Tavares defende uma migração planejada das operadoras para as redes 3G até 2008. "Em 2006 seriam estabelecidas, junto com a Anatel, o quadro regulatório, em 2007 definidos os processos de acesso das operadoras ao espectro de IMT-2000, e em 2008 o lançamento dos serviços", propõe. Para ele o Brasil não vai se atrasar com esse cronograma. ?Países como Rússia, Índia e China também planejaram suas redes 3G entre 2006 e 2008?, afirma.
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