Ministro fala em 'regular, responsabilizar e taxar' big techs

Ministro das Comunicações Juscelino Filho, durante o Seminário Políticas de Telecomunicações 2024

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, fez nesta terça, 6, uma das suas falas mais contundentes em relação à necessidade de regular o ambiente da Internet. A manifestação ocorreu durante a abertura do Seminário Políticas de (Tele)Comunicações, organizado pela TELETIME em parceria com o Centro de Políticas, Direito, Economia e Tecnologias das Comunicações da Universidade de Brasília (CCOM/UnB).

Juscelino Filho destacou que em 2023 houve uma orientação do governo para que o tema da regulação do ecossistema digital fosse tratado no âmbito da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, onde está a secretaria de direitos digitais, mas deu a entender que em 2024 a perspectiva de é de uma ação mais próxima do Ministério das Comunicações sobre o tema. "Sobre as big techs, precisamos pensar na regulamentação, na responsabilização e na taxação. Vamos estar mais presentes nesse tema", disse o ministro. "As big techs precisam apoiar a inclusão digital dos brasileiros", completou Filho.

Para o secretário de telecomunicações do MCom, Hermano Tércius, é preciso trazer as empresas de Internet para o debate sobre a universalização da conectividade significativa, que hoje pauta as políticas de telecom em geral.

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"É importante garantir que uma eventual contribuição das plataformas permaneça no próprio setor", disse ele. Antes, ao enumerar as prioridades da secretaria, Tércius já havia dito que o MCom tem a intenção de estimular a mudança na legislação para assegurar que o Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust) não possa ser contingenciado. Ele também destacou a importância de pensar em políticas que estimulem não apenas a oferta de capacidade de rede, mas também a demanda.

Ele mencionou o modelo europeu de Digital Service Taxes (DST), que estabelecem cobranças  de 3% do faturamento das plataformas digitais, e sugeriu que as empresas de Internet possam vir a contribuir com os fundos de telecomunicações.

1 COMENTÁRIO

  1. As bigtechs não são serviços de valor adicionado? Como podem contribuir a qualquer fundo de telecomunicações? Sobre regulamentar as redes sociais, o povo sabe muito bem qual é a finalidade que subjaz a essa sorrateira proposta.

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