Uma sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) com cerca de 50 empresas identificou problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos provenientes da China em mais da metade (52%) da cadeia, sobretudo entre fabricantes de produtos de tecnologia da informação. O desabastecimento é consequência da paralisação de fábricas chinesas em meio à epidemia de coronavírus que atinge o país asiático.
Para 22% das ouvidas, há risco de paralisações na produção durante as próximas semanas caso a situação persista. "Mesmo as entrevistadas que ainda não foram afetadas por esse problema citaram que, se o abastecimento de componentes e insumos da China não se normalizar nos próximos 20 dias, será muito difícil conseguir manter o mesmo ritmo de atividade nos próximos meses", afirmou a Abinee, em comunicado.
Em 2019, a China foi a principal origem de importações de componentes elétricos e eletrônicos no Brasil, com 42% do total (o equivalente a US$ 7,5 bilhões). Outros países asiáticos correspondem por mais 38%, levando para 80% a relevância do continente nas importações da cadeia. Nesta quinta-feira, 6, o número de mortes por coronavírus na China subiu para 564; no país, já são mais de 28 mil casos confirmados da doença.