No painel que discutiu cibersegurança, no ICT-LAC Summit, nesta quinta-feira, 5, o Superintendente Executivo da Anatel, Gustavo Borges, defendeu a importância de pensar segurança cibernética para toda a cadeia de infraestrutura que promove os serviços de telecomunicações e serviços digitais.
Segundo Borges, que também é integrante do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber) do Brasil, os serviços de telecomunicações são serviços essenciais, apesar de serem uma infraestrutura privada, e por isso, devem garantir princípios de confiabilidade, privacidade de dados etc. "São princípios que devemos garantir em nossa regulamentação. Temos no Brasil um comitê nacional de cibersegurança, que discute as regras de segurança cibernética", disse.
Borges também disse que o CNCiber está discutindo um ente para coordenar os agentes que já atuam em cibersegurança nos seus setores. "Isso envolve a criação de um sistema, com um órgão de referência, que faça a coordenação que permita a troca de boas práticas e um diálogo entre os diversos atores", afirmou.
Fornecedores
Outro aspecto tratado no debate foi sobre fornecedores. Nesse tema, Gustavo Borges defendeu a necessidade de se ter mais empresas como fornecedoras de equipamentos.
"É importante que tenhamos várias empresas fornecendo serviços. Isso permite resiliência e opções para o mercado, no caso de alguma falha em cibersegurança. Creio que é importante você não confiar apenas e um serviço ou fornecedor, porque isso não contribui para um ambiente seguro", disse.
Já para Marcelo Motta, diretor de cibersegurança da Huawei Brasil, destacou que como existem diversos atores que atuam nesse ecossistema digital, é importante ter sempre equipes olhando para esses sistemas, e afirmou que os equipamentos da empresa chinesa possuem capacidade de garantir que uma operadora atue de maneira segura e resiliente seus serviços.
Pedro Huichalaf Roa, docente do Centro de investigação em cibersegurança da Universidad Mayor e ex-subsecretario de telecomunicações do Chile, defendeu a necessidade de uma atuação conjunta entre todos os atores do ecossistema digital. Para ele, a atuação conjunta entre esses atores é a chave para o sucesso da cibersegurança.
