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Oi e Nokia fecham parceria estratégica para redes de fibra e banda larga móvel

Eurico Teles e Rajeev Suri

A Oi e a Nokia anunciaram o que estão chamando de uma “parceria tecnológica de longo prazo” que decorre do acordo de recuperação judicial da Oi e tem foco na expansão da rede de fibras da Oi e na cobertura de redes de dados móveis. A parceria, não-exclusiva (a Oi está negociando com outros fornecedores de equipamentos “para sustentar a transformação de toda a rede de banda larga fixa e móvel da Oi”, e já havia anunciado acordo semelhante com a Huawei em julho), deve possibilitar a expansão da rede de transporte, bem como da cobertura de fibra ótica residencial e banda larga móvel. A ideia é implantar cada vez mais o conceito de rede definida por software (SDN) para não apenas melhorar a capacidade da infraestrutura, mas também prepará-la para futuras tecnologias como Internet das Coisas e 5G. Segundo a Oi, “além de dar sustentação ao projeto estruturante, a negociação com os fornecedores poderá contribuir para maior eficiência operacional a partir da consolidação de fornecedores por tecnologia e/ou por região na área de atuação da Oi”.

“Com mais essa parceria tecnológica de longo prazo, nós esperamos consolidar nossa rede de fornecedores e nos beneficiar de maior eficiência operacional conforme prosseguimos com nosso processo de reestruturação. O intuito é trazer o que há de mais avançado em conectividade para nossos clientes, proporcionando a eles uma experiência cada vez melhor com nossos serviços”, afirma Eurico Teles. “Com nosso portfólio, que vai de ponta a ponta em tecnologia e serviços, conseguimos oferecer, a operadoras como a Oi, novos recursos em serviços fixos e móveis, no caminho para o 5G”, afirmou Osvaldo Di Campli, presidente de Nokia para América Latina, em comunicado.

Trata-se de um dos maiores acordos para a Nokia não apenas no Brasil, mas também na América Latina. O contrato encobre o período de cinco anos, mas o projeto pode ser entregue antes. “Já começamos a entregar os equipamentos agora, e o objetivo é não somente fornecer serviços para a Oi, mas promover a cooperação tecnológica”, disse a este noticiário o Chief Solutions Officer da Nokia para América Latina, Wilson Cardoso, após participação no evento Mobile 360 – Latin America, promovido pela GSMA em Buenos Aires. O executivo afirma que não comenta o market share, mas diz que o acordo coloca a fornecedora em uma “posição muito favorável no Brasil, consolidando a nossa posição”.

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Na parte móvel, as empresas deverão buscar a evolução da rede de 4G para 4,5G e 4,9G, deixando todo o equipamento pronto para a chegada de 5G, por meio de atualização de software e colocação das cabeças de radiofrequência. Por sua vez, na parte fixa, o acordo prepara a rede para a evolução na capacidade de 10 GB e 25 GB. “Na parte da rede IP e ótica, já estamos preparando para capacidades futuras que podem vir tanto do crescimento da rede fixa quanto da celular”, declara Cardoso. Por conta desse foco, a parceria não deverá lidar com a rede legada da Oi.

Uma parte importante para a chegada da 5G é a preparação da camada de transporte com o mínimo de latência possível. Para tanto, a Nokia implantará tecnologia de redes definidas por software (SDN) “ao máximo possível”, conforme explica o CSO da fornecedora. “A gente elimina camadas, utilizando o transporte ótico ao máximo, tirando o tráfego das camadas IP e de acesso da rede”, explica Cardoso. A solução utilizada será a Network Service Platform, que analisa os tipos de tráfego e cria uma camada ótica. “Sem tem demanda de tráfego grande entre Fortaleza e Rio de Janeiro, antes os pacotes passariam por Belo Horizonte ou Salvador. Agora, ele abre um canal ótico direto através da rede das capitais cearense e fluminense, e isso dá um ganho no tempo de latência enorme”, declara.

Da mesma forma, a solução otimiza ao direcionar o tráfego para PTTs utilizando algoritmos e inteligência artificial. “A cada dia, os algoritmos vão aprendendo e melhorando a rede, inclusive em termos de falhas: eles vão observando e corrigindo em tempo real”, afirma Wilson Cardoso.

Na fibra ótica residencial, a Oi espera chegar a 10 milhões de residências passadas com fibra (homes passed) até o final de 2021, e os serviços também devem ser beneficiados. A parceria inclui evoluções nos produtos Oi Fibra e Oi TV e redes Wi-Fi domésticas inteligentes (que serão vendidas nas lojas Oi). O processo de transformação da rede da Oi já teve início e vem sendo realizado com recursos previstos no orçamento deste ano.

O acordo com a Nokia foi fechado na Finlândia e contou com a participação do  presidente da Oi, Eurico Teles, e o diretor de Operações da companhia, José Claudio Moreira Gonçalves (o Naval), além do diretor de Engenharia, André Ituassu. Da parte da Nokia, estiveram presentes Rajeev Suri, CEO; Ashish Chowdhary, Chief Customer Operations Officer; Ricky Corker, presidente Norte América; Osvaldo Di Campli, presidente América Latina e Bruno Leite, diretor de vendas Brasil.

(Colaborou Bruno do Amaral)

2 COMENTÁRIOS

  1. O chip está substituindo o cabo de fibra ótica. Não há mais necessidade de longos cabos para obter internet de alta qualidade e velocidade. Será que só no Brasil mantém esse atraso?

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