A Vivo apresentou na noite desta terça-feira, 5, o seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2024. No período, a empresa reportou crescimento de 13,3% no lucro líquido, para R$ 1,66 bilhão. Já a receita líquida teve alta de 7,1%, chegando a R$ 14 bilhões na mesma janela.
Em ambos os indicadores, o avanço apurado pela operadora superou o crescimento percentual nos primeiros nove meses do ano. Assim, o lucro líquido fechou em R$ 3,78 bilhões (+10,4%), e a receita líquida, em R$ 41,2 bilhões (+7%).
Tal movimento também esteve presente no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Entre julho e setembro, o Ebitda foi de R$ 5,95 bilhões (+7,4%), alcançando R$ 16,6 bilhões (7,2%) entre janeiro e setembro.
Já a margem Ebitda ficou em 42,4% no terceiro trimestre, chegando a 40,4% no acumulado do ano.
No comunicado ao mercado, a Vivo destaca a expansão da receita líquida acima da inflação, "impulsionada pelo crescimento de duplo dígito da receita no pós-pago (+10,4%)".
Móvel cresce com pós-pago
A tele encerrou o terceiro trimestre com uma base de 115,2 milhões de assinantes (+3,3%), sendo 102 milhões de usuários móveis (+4%). A companhia contabilizou 65 milhões (+7,6%) de acessos somente no pós-pago, o que resulta em um market share de 41,4% no País.
Já o pré-pago tem 36,4 milhões de usuários (+1,8%), garantindo uma participação de 34,7% para a companhia (praticamente estável).
A robustez da vertical móvel garantiu à Vivo uma receita líquida no segmento móvel superior a R$ 10 bilhões (+8,5%) entre julho e setembro. Nos nove primeiros meses do ano, a alta foi ainda maior (+8,7%), para R$ 29,3 bilhões.
"O forte desempenho do pós-pago está relacionado ao aumento da base de clientes (+7,6%), que totalizou 65 milhões no trimestre, impulsionado por migrações do pré-pago e pela aquisição de novos clientes, assim como pelos reajustes anuais de preço", diz a companhia.
Esses fatores foram importantes para que a receita média por usuário (ARPU) nos pós-pago chegasse a R$ 53 (+3,5%), o maior nível desde 2019, acrescenta. No negócio móvel como um todo, o ARPU foi de R$ 30,3 (+4,9%). A empresa também afirma que o seu 5G está presente em 394 municípios (+3,1 vezes na comparação anual).
Serviços fixos
A receita líquida da linha de serviços fixos chegou a R$ 3,97 bilhões (+3,6%) no terceiro trimestre. Entre janeiro e setembro, a receita da vertical foi de R$ 11,8 bilhões, com um crescimento inferior ao período trimestral (+3%).
O avanço foi puxado pela rede de fibra até o cliente (FTTH), com R$ 1,79 bilhões de receita entre julho e setembro (+14%). No acumulado do ano, a receita com FTTH foi de R$ 11,8 bilhões, uma expansão superior à receita trimestral (+15,2%).
Além disso, a operadora teve uma receita de dados corporativos, TIC e serviços digitais de R$ 1,12 bilhão no trimestre encerrado em setembro (+6,5%), e de R$ 3,38 bilhões no acumulado do ano (+6,1%).
"Nos últimos 12 meses, expandimos nossa rede de FTTH para 3,2 milhões de novos domicílios, atingindo 28,3 milhões de casas passadas, conectamos 747 mil novos clientes e chegamos a 5 novas cidades", afirma a operadora. Assim, a cobertura da tecnologia chegou a 444 municípios, com o ARPU de FTTH alcançando R$ 89,8 (1,2%).