Ericsson: teles podem retomar papel central na monetização da Internet

Rodrigo Dienstmann, da Ericsson, no Painel Telebrasil 2024

Completando em 2024 o centenário de atuação no Brasil, a Ericsson acredita que o setor de telecomunicações atravessa um um momento definidor que dará às operadoras a oportunidade de voltar ao centro da monetização das redes de Internet.

A avaliação foi feita pelo presidente da fornecedora no cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann, durante o primeiro dia do Painel Telebrasil 2024, promovido nesta terça-feira, 5, em Brasília.

Segundo Dienstmann, houve uma mudança profunda na forma como as teles são remuneradas, com as empresas "não estando mais no centro da monetização". Isso passa por serviços altamente lucrativos de outrora dando lugar a cobranças por velocidade na banda larga fixa e pacotes de dados na móvel.

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Como resultado, nos últimos anos, as teles até teriam "surfado" na onda do crescimento do ecossistema digital, mas antes no papel da prancha do que no do surfista, segundo o dirigente da Ericsson.

O cenário pode mudar com a chegada do que a fornecedora chama de redes programáveis, e que podem ser a base para um novo modelo de serviços das teles no ecossistema digital. Com ajuda de APIs, desenvolvedores e empresas de Internet poderão explorar uma série de capacidades a partir das redes das operadoras e remunerar o setor por isso, afirma.

A Ericsson tem apostado na estratégia e criou inclusive uma joint-venture com grandes grupos de telecom para explorar o segmento. Na empreitada estão grupos controladores das brasileiras Vivo e Claro, lembrou Dienstmann.

5G

A própria implementação do 5G – na qual a sueca é uma das grandes fornecedoras de equipamentos no Brasil – faz parte da equação de novas oportunidades de negócios para as teles, para além de ofertas baseadas em velocidades e cobertura.

Neste caso, Dienstmann menciona possibilidades como o fatiamento de rede – algo que já tem se tornado realidade em grandes eventos brasileiros como o Carnaval e a F1 -, ofertas de banda larga sem fio via 5G (ou FWA, que já chegou a grandes cidades brasileiras) e iniciativas de redes privativas.

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