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Nii espera possível impacto com atraso de conclusão da venda da Nextel

Ainda esperando as aprovações necessárias para concluir a venda da Nextel Brasil para a Claro, a Nii Holdings, prevê que a demora pode trazer impactos para a companhia. Isso porque o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou no começo deste mês recurso da TIM e iniciou um processo de revisão de concentração de espectro. Segundo a Nii, a expectativa é que o Conselho julgue o mérito no dia 26 de janeiro de 2020, mas há a possibilidade de o prazo ser estendido por mais 90 dias “sob circunstâncias limitadas”. 

Apesar do possível atraso, a companhia diz que ela e a Claro estão trabalhando para resolver essa apelação “o mais rápido possível”, mas prevê que a demora pode causar possíveis impactos – antes, a previsão da conclusão era para até o final deste ano. “Além dos potenciais impactos por conta do momento do fechamento da venda da Nextel Brasil e de taxas cambiais estrangeiras, a companhia não espera nenhuma mudança no valor distribuível estimado para os acionistas”, declara a Nii.

Em agosto, a companhia norte-americana havia dito que, se a conclusão acontecer somente no primeiro trimestre de 2020, ainda acreditava ter recursos de liquidez para financiar o negócio. Depois disso, se a transação não for concluída, ou se a empresa não receber os recursos de caixa de garantias antes do final de março do ano que vem, “existem dúvidas substanciais” sobre a habilidade de manter as operações.

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A Claro anunciou a compra da Nextel Brasil em março por um total de US$ 905 milhões. A operação já foi aprovada pela Anatel e havia recebido o sinal verde do Cade, mas a TIM entrou com o recurso em outubro.

Balanço financeiro

A Nii reportou no terceiro trimestre um prejuízo de US$ 28 milhões das operações descontinuadas, nas quais está incluída a operadora brasileira. Além disso, a companhia norte-americana também obteve prejuízo de US$ 7 milhões das operações contínuas no mesmo período. 

Considerando somente a Nextel, o lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) ajustado entre julho e setembro foi de US$ 33 milhões. Esse valor exclui impacto de prejuízos de ativos não monetarizados, custos de reestruturação e outros itens não usuais. No mesmo período, o Capex no Brasil foi de US$ 12 milhões. 

Durante o terceiro trimestre, a Nii também resolveu pendências financeiras, contribuindo com US$ 24,3 milhões para capitalizar a Nextel Holdings (subsidiária que controla diretamente a Nextel Brasil), visando financiar parcialmente um repagamento de dívida agendada para uma linha de crédito obtida pela operadora no País. Por conta disso, a empresa passou a deter 72,43% da Nextel. 

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