Monetização de torres será acelerada pela Telefónica no Brasil

Antena de celular
Torre de celular. Foto: Bruno do Amaral

Controladora da Vivo, a Telefónica explicou parte do racional por trás da estratégia de monetização com a transferência de torres (ou sites) detidas pelas operadoras do grupo. Durante teleconferência sobre resultados do terceiro trimestre realizada nesta terça-feira, 5, a companhia espanhola também revelou que o movimento deve ser acelerado no Brasil durante os próximos meses.

"Nós já transferimos para a Telxius as torres remanescentes que tínhamos na Espanha, Chile e Peru. Os próximos lotes estarão no Brasil, na Alemanha e no Reino Unido, onde já estamos em negociações avançadas com nosso parceiro Vodafone", afirmou o diretor de operações (COO) da Telefónica, Ángel Vilá, prometendo desdobramentos no mercado brasileiro durante os próximos trimestres. Ao longo deste ano, a Telxius incorporou 1.090 sites.

De acordo com o executivo, das 69 mil torres detidas pelo grupo espanhol, pouco mais de 50 mil estão nas mãos das operações locais. As outras 19 mil já estariam com a Telxius, de quem a Telefónica é dona de 50,01%. A estratégia de monetização com a transferência de mais torres para a subsidiária envolve os sócios que possuem o restante do capital da gestora – ou o fundo de private equity KKR e um "dos principais family offices da Espanha".

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"Algumas pessoas perguntaram o porquê [da transferência para a Telxius] ser uma monetização", pontuou o executivo. "É uma monetização de fato porque nossos parceiros assumiram 50% do patrimônio através de menos pagamento de dividendos pela Telxius. Portanto, haverá menor perda para nós sobre o valor desses dividendos".

Ainda assim, Vilá destacou que a outras possibilidades de otimização do ativo também podem ser consideradas (a exemplo das negociações com a Vodafone no Reino Unido). "Estaremos abertos a diferentes alternativas de monetização. Acreditamos que há valor em fazer as transações através da Telxius porque temos o duplo benefício de monetizar as torres e, ao mesmo tempo, manter o controle acionário de uma empresa de infraestrutura maior e mais valiosa. Mas continuamos abertos a diferentes caminhos".

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