Alcatel-Lucent anuncia aumento de capital de 955 milhões de euros

A Alcatel-Lucent (ALU) anunciou na segunda-feira que irá lançar um aporte de 955 milhões de euros para aumento de capital. O montante é parte do Shift Plan, um programa de transformação de estratégia que visa melhorar o status financeiro da empresa, e será conseguido com a venda de direitos de promoção das ações, que podem passar de ordinárias para preferenciais. A empresa ainda emitirá títulos com rendimento de alto risco (yield) para acrescentar US$ 750 milhões, além do compromisso na execução da implantação de uma nova linha de crédito de 500 milhões de euros.

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O aumento de capital será conduzido com um upgrade nos papéis: a empresa fará a emissão de direitos de assinatura preferencial aos acionistas detentores de ações ordinárias, na proporção de 1:1, a partir do dia 18 de novembro. O preço para essa melhoria no status da ação será de 2,10 euros por papel, resultando na emissão de até 460 milhões de novas ações ordinárias. Com algumas exceções, o aumento de capital não estará disponível para acionistas ordinários nos Estados Unidos.

A Alcatel-Lucent anunciou ainda a nomeação de Marcus Weldon como presidente do braço de pesquisas da empresa, a Bell Labs. Weldon, que acumulará funções como CTO da ALU, ficará no lugar de Gee Rittenhouse na Bell Labs.

Mudanças forçadas

O Shift Plan da empresa inclui não apenas aumento de capital, mas prevê o foco em redes de IP e acesso à ultra banda larga móvel e fixa; e a economia de um bilhão de euros na empresa até o final de 2015, ou 15% dos custos fixos da fornecedora. Também há reforma estrutural: a empresa confirmou em outubro a intenção de cortar dez mil postos de trabalho nos próximos três anos.

O plano parece estar mostrando resultados. Na semana passada, a ALU informou que conseguiu reduzir o prejuízo líquido de 885 milhões de euros no segundo trimestre para 200 milhões de euros no trimestre seguinte. O anúncio dos resultados e a previsão de aumento de capital afastam, ao menos temporariamente, especulações do mercado, que afirmam que a companhia francesa poderia estar na mira da Nokia Solutions and Networks (NSN) para uma eventual fusão. A ALU enfrenta a competição no fornecimento de infraestrutura de telecomunicações não apenas da NSN, mas também da sueca Ericsson; das chinesas Huawei e ZTE; e da sul-coreana Samsung.

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