A TIM Participações S.A., controladora da TIM, concluiu a captação R$ 1,72 bilhão no mercado com uma “Oferta Global de Ações”. O aumento de capital ocorreu nesta quarta-feira 5. Embora a economia global esteja em meio a incertezas, a demanda pelos ativos da companhia foi 150% superior à quantidade de papéis disponíveis ao mercado. De acordo com a operadora, a forte procura pelas ações resultou “em rateio nos pedidos de reserva de ativos”.
O conselho de administração da TIM definiu em R$ 8,60 o preço por ação e elevou seu capital para R$ 9,8 bilhões, informou a empresa. A chegada de novos recursos alimentará os planos de expansão da operadora, que tem investido em ampliação de suas redes nas regiões Norte e Nordeste. Outro foco do grupo é aumentar a cobertura com tecnologia de terceira geração (3G). A construção de redes de fibra ótica no Norte e Nordeste do país, regiões priorizadas pela TIM, levará 40% dos recursos, R$ 681 milhões.
Já a expansão das redes 3G e implantação de fibra ótica em regiões metropolitanas receberão, cada uma, 20% (R$ 340 milhões) do montante total. Os 20% restantes serão “reservados para o lançamento do serviço de banda larga fixa residencial e serviços corporativos através da AES Atimus, adquirida recentemente pela operadora, com atuação no Rio de Janeiro e em São Paulo”.
Finanças
A operação foi coordenada pelos bancos Itaú BBA e Morgan Stanley, responsável pelos esforços de venda dos ativos no Brasil e no exterior. A TIM afirma que “nas duas semanas subsequentes ao anuncio da oferta de ações, os executivos da operadora, inclusive o CEO, realizaram roadshows no Brasil (Rio de Janeiro e em São Paulo) e no exterior para explicar a mais de 100 investidores os objetivos do aumento do capital da TIM”.
A Telecom Italia foi a principal compradora, adquirindo 67% dos ativos e mantendo estável a sua participação na operadora de telefonia móvel. Para garantir a compra dos papéis, o grupo italiano exerceu seu direito de preferência.