Operadores discutem ampliação de serviços banda larga

A banda larga está disponível em apenas em 5% dos domicílios brasileiros e já se percebe uma saturação do mercado. Para sair desse impasse é necessário, segundo as empresas operadoras que participaram do painel ?Broadband Connectivity?, durante o Telecom Americas 2005, ultrapassar barreiras para ampliar o acesso da população ao serviço.
O Estado de São Paulo termina o ano com 1,2 milhão de acessos ADSL ante 900 mil no ano passado, segundo a Pyramid Research. Para o diretor de assuntos corporaticos da Telefônica, Jonas de Oliveira Junior, a empresa conta com 87% desse market share e investiu US$ 700 milhões nos últimos cinco anos na rede. A previsão para 2010 é dobrar a base e chegar a 2,8 milhões de acessos de banda larga no Estado.
Segundo Oliveira, os preços das tarifas no Brasil são menores que a média da América Latina e compatíveis com as tarifas européias (girando em torno de US$ 38 no serviço básico). Um dos grandes obstáculos para a difusão do serviço de banda larga ainda é o preço do terminal, em torno de US$ 600. ?Para aumentar a demanda por banda larga é necessário diminuir barreiras para entrada de equipamentos, contar com tecnologias mais potentes para ampliar a cobertura, além de políticas públicas para aumentar a demanda pela solução?, diz Oliveira.

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Na Venezuela, a popularização do computador dependeu de uma ação governamental. Segundo Ramon Alonzo Carrizalez Rengifo, do Ministério da Infra-Estrutura daquele país, o governo firmou uma joint venture com uma indústria chinesa para a fabricação local de computadores. O país também conta com um fundo, similar ao Fust, que permitiu investimentos em redes de fibras ópticas e o financiamento de 34 pontos de acesso à banda larga entre cooperativas de trabalhadores locais.

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Outra barreira é a baixa oferta de serviços mais atraentes. ?É necessário que conteúdos mais atrativos alavanquem a demanda: IPTV, mais oferta de músicas e outros serviços especiais, por exemplo?, diz Oliveira. Novas tecnologias também podem alavancar a banda larga: redes sem fio como o WiMAX e versões mais avançadas de redes ADSL para alcançar maiores distâncias.
Luiz Tito Cerasoli, diretor de negócios regulatórios da Embratel, sugere adoção de políticas públicas, conteúdo educacional e outros conteúdos mais atraentes como IPTV, videoconferência e voz sobre IP. "Isso pode criar uma pressão da população para obter preços mais acessíveis", diz. Segundo o executivo, hoje 85% do acesso banda larga no País é através de ADSL. ?Existe a possibilidade da regulamentação da desagregação das redes, o que também pode alavancar o serviço no futuro.?

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