A adiamento do prazo final para a conclusão da ClientCo da Oi para o final do ano não significa nenhuma mudança de rumo ou surpresa em relação às expectativas já conhecidas em relação ao processo: espera-se para breve uma segunda audiência para o leilão de propostas, há pouca expectativa (e nenhuma busca proativa) em relação a novas propostas, e o resultado esperado mais provável é que a oferta da V.tal seja a vencedora com a troca da ClientCo por um pacote de ações da operadora de rede neutra pelo valor de R$ 7,4 bilhões. A única razão para o adiamento é evitar que a perda de prazos possa acarretar algum pedido de falência, o que poderia acontecer se o prazo de 10 de setembro fosse perdido.
O adiamento também não tem nenhuma relação com as negociações com a Advocacia Geral da União, que devem ser concluídas na semana que vem (o prazo é dia 13). Nesse sentido, fontes que acompanham o processo asseguram que as conversas estão caminhando para uma conclusão positiva, ainda que faltem ainda detalhes. A Oi tem a expectativa de conseguir, pelo menos, postergar a obrigação de pagamento da dívida de R$ 7,3 bilhões com a União apenas para quando a arbitragem contra a Anatel for concluída, pois confia que uma vitória, ao menos parcial, é o cenário mais provável, o que geraria os recursos necessários para quitar a dívida.