Fábio Faria espera assinar acordo com Starlink até dia 22 e vê possibilidade de parcerias com provedores

Ministro Fábio Faria participa da abertura do Evento NEO 2022

Ao participar da abertura do Evento NEO 2022, que acontece esta semana na cidade do Porto, em Portugal, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em entrevista ao presidente do conselho da FS Security, Alberto Leite, exaltou o papel das empresas competitivas no leilão de 5G e o trabalho da pasta. Faria comemorou o que entende serem duas conquistas do modelo brasileiro: "uma solução para a questão geopolítica do 5G, que hoje nos permite ficar bem com todos os países", e a realização de um leilão "não arrecadatório, em que 9% do que foi vendido virá na forma de investimentos.

"O 5G ainda é criança em todo o mundo, mas estamos bem adiantados na América Latina. Mas tem muita coisa a ser feita em investimento em tecnologia e capacitação de pessoas. O que o Brasil faz, outros países seguem", disse ele, reiterando que o governo considera ainda importante que o Brasil tenha uma fábrica de semicondutores "para ficar livre da dependência externa".

O ministro voltou a falar da Starlink, destacando que até o dia 22, provavelmente, a empresa assinará o acordo para conectar algumas escolas. Por estar em uma participação remota (online), o ministro não entrou em detalhes sobre que tipo de acordo. Segundo ele, contudo, a Starlink e as outras empresas de satélite que já estão autorizadas a entrar no Brasil "podem fazer parceria com as vencedoras do leilão (de 5G), podem fazer parcerias com pequenos provedores e grandes empresas. Tem muita sinergia", segundo Fábio Faria.

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Faria destacou também o trabalho já feito nas conexões do programa WiFi Brasil (antigo Gesac), que conectou 12 mil escolas. "Vamos conectar mais 12 mil até o final do ano", disse ele, relembrando a licitação realizada em que, segundo suas palavras, "a Viasat e a RNP, em parceria com ISPs, saíram vencedoras". A Viasat é parceira da Telebras, que já é a provedora do Gesac/WiFi Brasil. Segundo ele, a ideia é que o WiFi Brasil conecte as escolas com alguma capacidade até que haja soluções melhores, seja com fibra ou 5G.

Fábio Faria também lembrou que os provedores podem atuar no mercado de agronegócio, sobretudo para aqueles que querem construir suas redes privativas, e também elogiou o surgimento do modelo de redes neutras. "A rede neutra é um grande facilitador para cobrir o Brasil inteiro. Ela é um grande facilitador, evita que cada um precise fazer a sua própria", disse o ministro das Comunicações.  

Por fim, ele analisou o cenário competitivo: "a gente viu seis novas operadoras entrando no leilão, o que gera competitividade, elas querem entrar diminuindo preço. Conseguimos redução de ICMS e estamos querendo que (a queda dos preços) chegue agora na ponta. E a Anatel está atuando de forma importante para ser fiscalizadora, para evitar o cartel", ressaltou Faria. (O jornalista viajou a convite da Associação NEO)

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