Baseado no modelo de referência sul coreano de desenvolvimento da indústria do entretenimento, o qual a atual diretoria da Ancine declara se inspirar, a Ancine prepara novas linhas de fomento e financiamento para estimular o desenvolvimento da infraestrutura e de capacitação e qualificação de pessoal. "Não adianta ter ideias que não serão postas em prática por escassez de infraestrutura ou mão de obra, isso seria impor barreiras à criação. Trabalhamos para que seja garantida a livre expressão de ideias e criações", disse Alex Braga no Pay-TV Forum 2022.
Segundo ele, o BNDES retoma a intensidade de sua parceria com a Ancine e a expectativa é a de lançar fundos de direitos creditórios também voltados ao investimento em inovação, infraestrutura, capital de giro e criação. "Ampliaremos possibilidades de financiamento da criação e da empreitada audiovisual, sem perder de vista pilares da nossa constituição. Como defesa da produção audiovisual independente brasileira e, por consequência, livre criação", disse o presidente da Ancine.
Ações de impacto social complementarão esta política. "Vamos regulamentar ainda este ano projetos específicos de difusão, levar conhecimento da indústria criativa/audiovisual para o interior do país e periferias, estimular festivais e eventos de mercado, criar ambiente de negócios, estimular e financiar ações de preservação e recuperação de acervo, e capacitação", afirma.
Segundo Alex Braga, as ações da Ancine, acompanhadas de intensificação dos investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual e das leis de incentivo, "a sociedade brasileira vai se ver em indústria que pensa em inovação, igualdade de gênero, raça, inclusão, conformidade, integridade e outros valores que são compartilhados com a sociedade e muitas vezes não são levados em conta no debate publico".