[Publicado no Mobile Time] O ministro da Comunicações, Fábio Faria, recebeu na tarde desta quinta-feira, 5, o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan. A visita da delegação americana ao Brasil tinha na pauta temas ambientais como assuntos prioritários e não constava na agenda oficial do ministro das Comunicações.
Sem detalhar o assunto da reunião, o Itamaraty apenas confirmou à reportagem de Mobile Time a audiência com o ministro. Após o encontro, Faria afirmou, em suas redes sociais, que tratou prioritariamente do 5G. "Trabalharemos conjuntamente para desenvolver soluções de OpenRAN. Foi apresentado panorama do mercado global de fornecimento de chips para equipamentos de telecomunicações", afirmou o ministro, em seu Twitter.
Fábio Faria não citou, mas é conhecida a pressão norte-americana pelo banimento da chinesa Huawei do processo de implantação do 5G no Brasil. Mesmo na administração do democrata Joe Biden, a recomendação dos EUA por restrições a empresas chinesas continua.
Conforme revelou TELETIME durante a Missão 5G, realizada pelo Ministério das Comunicações aos EUA em junho, o 5G é visto pelo governo norte-americano como uma batalha fundamental da guerra tecnológica com a China e a adoção de plataformas abertas como OpenRAN é uma forma de estimular o desenvolvimento de tecnologias norte-americanas.
Em nota, a Embaixada dos Estados Unidos afirmou que "foi discutida hoje (com o ministro das Comunicações) a importância da segurança da informação como fator-chave para garantir o crescimento econômico das empresas brasileiras e garantir a prosperidade para a população".
No mesmo dia, Sullivan também se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Trata-se do primeiro representante de Biden a estar com o governo brasileiro. De acordo com a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, a visita da delegação pretende "fortalecer a parceria estratégica" entre EUA e Brasil, melhorar a estabilidade regional e ajudar a abrir caminho para a recuperação da pandemia da Covid-19".