A meta de universalização de serviços acessíveis de Internet até 2025 fez parte da declaração conjunta assinada por ministros de tecnologia dos países do G20, incluindo o Brasil, durante encontro ministerial sobre digitalização promovido pelo grupo em Trieste, na Itália.
O documento listou 12 ações para acelerar a transformação digital da economia e de governos membros. Entre elas, compromissos de conectividade e de inclusão digital.
"Reafirmamos nosso compromisso de preencher as lacunas de conectividade e encorajamos a meta de promover o acesso universal e acessível à conectividade para todos até 2025", afirmou o grupo de ministros. O Brasil foi representado por Marcos Pontes, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A elaboração do documento vem desde 2017 e teve intensa participação de técnicos brasileiros.
A declaração conjunta defende que é "necessário estimular o financiamento e otimizar o ambiente nacional para atrair investimentos em infraestrutura digital". Para tal, conclama os ministros das finanças e presidente de bancos centrais de países membros a realizarem esforços nesse sentido, em particular no âmbito do grupo de trabalho de infraestrutura do próprio G20.
A meta de conectividade acessível para todos até 2025 foi lançada ainda em 2018 pela Comissão de Banda Larga para Desenvolvimento Sustentável da ONU. Estimativas apontam que a população mundial desconectada pode chegar a 3,8 bilhões.
Dados
Além de reforçar a meta para conectividade, outras ações fizeram parte da declaração conjunta dos ministérios de tecnologia do G20. Entre elas, o fluxo livre e transfronteiriço de dados.
Segundo o grupo, "semelhanças, complementaridades e elementos de convergência" foram encontradas em diferentes abordagens de membros sobre a prática. "Essas semelhanças podem promover a interoperabilidade futura", projetou o documento.
Vejam as demais ações que fizeram parte da declaração conjunta assinada na reunião ministerial de digitalização do G20.
- digitalização de serviços públicos;
- promoção de inteligência artificial para startups;
- transformação digital da produção para um crescimento "sustentável";
- medição de práticas e impactos da economia digital;
- conscientização e proteção do consumidores;
- proteção e empoderamento de crianças no ambiente digital;
- apoio à inovação em cidades inteligentes;
- identidade digital;
- regulamentação ágil; e
- transformação da Força Tarefa para Transformação Digital do G20 em um Grupo de Trabalho para esse fim.