Receita líquida da TIM cai 8,8% em um ano, mas empresa se mantém lucrativa

A crise econômica e a redução das tarifas de interconexão móveis (VU-M) impactaram o balanço financeiro da TIM no segundo trimestre. Na comparação com o mesmo período de 2014, a companhia registrou queda de 7,4% na receita bruta, que passou de R$ 7,16 bilhões para R$ 6,64 bilhões. A receita líquida total baixou 8,8%, de R$ 4,77 bilhões para R$ 4,35 bilhões. E a receita líquida de serviços, ou seja, excluída a venda de aparelhos, diminuiu 5%, de R$ 3,98 bilhões para R$ 3,78 bilhões. Excluindo-se a venda de torres ocorrida no trimestre, o Ebitda orgânico da TIM diminuiu 4,4%, totalizando R$ 1,27 bilhão, o que representou uma margem de 29,2% (melhor que no mesmo trimestre do ano passado, quando foi de 27,9%). A companhia se manteve no azul, registrando lucro líquido orgânico de R$ 290,8 milhões, o que representa uma queda de 20,5%, na comparação com o segundo trimestre de 2014. O lucro líquido reportado, que inclui a venda das torres, foi de R$ 926 milhões, equivalente a um aumento de 153%.

O crescimento na receita de dados "inovadores", como a TIM chama Internet móvel e serviços de valor adicionado (SVA) excluído o SMS, compensou em certa medida as perdas em outras áreas. Enquanto serviços móveis inovadores tiveram alta da receita de 45% em um ano, o SMS teve queda de 35%. No total, dados, SVAs e SMS registraram crescimento de 21% em um ano, alcançando R$ 1,913 bilhão, o que representou 35% da receita de serviços móveis. Um ano antes a participação fora de 27%.

Dados operacionais

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Entre junho de 2014 e junho de 2015, a base de linhas móveis em serviço da TIM permaneceu praticamente estável, com leve alta de 0,5%, atingindo 74,6 milhões. Sua composição, entretanto, mudou, com queda de 1,5% na base pré-paga, que agora soma 61 milhões, e alta de 10,6% na pós-paga, que agora corresponde a 13,5 milhões. A penetração de smartphones deu um salto de 20,9 pontos percentuais nesse período, passando de 38,6% para 59,5%.

Capex e dívida

A TIM investiu R$ 2,11 bilhões no primeiro semestre de 2015, o que representa um aumento de 27,2% em comparação com os primeiros seis meses do ano passado. 90% desse total foi dedicado a infraestrutura de rede, principalmente nas tecnologias 3G e 4G.

A empresa encerrou o mês de junho com uma dívida bruta de R$ 7,5 bilhões, incluindo o reconhecimento do leasing decorrente da venda das torres, no valor de R$ 977 milhões.

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