A Telmex, maior operadora fixa da América Latina, com 15,1 milhões de linhas em serviço (a Telemar é a segunda com 14,9 milhões), detém 95% do market share na telefonia local do México e 97% do volume de tráfego. A informação é do Unibanco Research, que divulgou estudo sobre a operadora. Privatizada em 1990, a operadora é controlada pelo grupo Carso (68,9%), pela SBC (22%) e outros (9,1%).
Segundo a análise do Unibanco Research, o papel da Telmex é o mais pesado da bolsa mexicana. Com receita bruta de US$ 10,8 bilhões, a operadora é a segunda em faturamento no México, atrás apenas da Pemex, estatal de petróleo.
Tarifas
Em valores reais, as tarifas do México são 75% mais caras que as do Brasil. Naquele país, conforme o relatório do Unibanco, não há condições para que se pratiquem aumentos tarifários. Assim, o crescimento da teledensidade, atualmente em 17%, está atrelado a uma melhoria das variáveis macroeconômicas. No Brasil, a expansão da teledensidade, de 23%, está ligada a aumentos tarifários, uma vez que as redes não devem crescer significativamente. A teledensidade fixa mexicana tem potencial para crescer até 30%, segundo a análise do banco.
Na telefonia móvel, com teledensidade de 26%, esse potencial vai a 40%. A principal operadora móvel do México é a TelCel, spin-off da Telmex, que detém 76% do mercado (21 milhões de assinantes).
Os principais concorrentes da Telmex são a Maxcom, Alestra, Avantel, Pegaso e Axtel. Na telefonia móvel, a TelCel tem como competidores a Pegaso (da Telefónica) e a Unefon. A Pegaso, assim como a Vivo no Brasil, deve ficar mais forte unindo-se a outras operadoras sob a marca Movistar.
Margem alta
A margem EBITDA da Telmex é alta, de 50%. No último trimestre foi de 51,4% e no exercício de 2002 foi de 52%. A receita bruta no segundo trimestre deste ano foi de US$ 2,6 bilhões (US$ 10,8 bilhões no exercício de 2002). O EBITDA do trimestre foi de US$ 1,3 bilhão e o lucro líquido foi de US$ 597 milhões (US$ 2,4 bilhões em 2002).
A ARPU da Telmex gira em torno de US$ 65, considerado forte mas sem evolução futura, na avaliação do Unibanco. No Brasil, a ARPU média das fixas está em torno de US$ 24 e na Europa, em US$ 51.
