TIM e Huawei completam testes de 5G no espectro de 6 GHz

Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, onde testes da TIM e Huawei foram conduzidos. Foto: André Motta/brasil2016.gov.br

A TIM e a Huawei anunciaram a conclusão de testes da tecnologia 5G a partir do espectro de 6 GHz, destinado no Brasil para usos não licenciados como sistemas de WiFi 6E. Na ocasião, a operadora também defendeu a destinação de parte da faixa para uso licenciado em redes móveis.

Ao lado da Huawei, o teste realizado no Rio de Janeiro foi o primeiro do gênero bem-sucedido nas Américas, segundo as empresas. O experimento ocorreu a partir de um biosite da TIM instalado no Parque Olímpico, com o ambiente de testes replicando desafios reais de áreas urbanas. A iniciativa teve liberação de uso temporário de espectro em 6 GHz por parte da Anatel.

"No primeiro teste, em campo aberto e a uma distância de 135 metros, o desempenho alcançou 1 Gbps. O segundo teste também foi realizado em espaço aberto, mas com a obstrução de árvores e a uma distância de 230 metros. O download atingiu 1,21 Gbps. O último teste mediu o sinal proveniente de um campo aberto para dentro de uma edificação localizada a 270 metros, com um throughput de 987 Mbps […] A velocidade média dos testes ficou em 888 Mbps a uma distância de 700 metros, alcançando um máximo de 1,38 Gbps", explicou a TIM, em comunicado.

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Na ocasião, o diretor de arquitetura, tecnologia e inovação da TIM Brasil, Átila Xavier, afirmou que o 6 GHz "demonstrou ser a melhor alternativa futura de espectro nas bandas médias para o 5G e, por isso, nossa recomendação é a destinação equilibrada entre o uso licenciado e o não licenciado". A TIM entende que a faixa deve complementar o 3,5 GHz quando essa estiver no seu limite de uso por novos serviços 5G.

Por sua vez, o diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei Brasil, Carlos Lauria, destacou "a viabilidade de uso da tecnologia IMT [para banda larga móvel] na banda de 6 GHz, em condições semelhantes ao uso da nanda de 3,5 GHz". Na China, espectro na banda será alocado para serviços 5G e 6G, anunciou recentemente o governo local.

Já no Brasil, uma decisão sobre o tema foi tomada em 2021 com a destinação da faixa completa de 6 GHz para serviços não licenciados. As operadoras móveis, por sua vez, defendem a faixa ou ao menos parte dela para o atendimento de futuras demandas da banda larga móvel.

IoT

Uma das expectativas da TIM com o uso da faixa de 6 GHz é também a massificação de aplicações de Internet das Coisas (IoT). De uma forma geral, a operadora pontua estar empenhada em "continuar investindo na expansão da infraestrutura de rede, adotando novas tecnologias e soluções para garantir que os brasileiros tenham a melhor experiência com o 5G". 

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