TCU constata necessidade de revisão da Política Nacional de Inovação

Auditoria operacional realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na Política Nacional de Inovação (PNI) constatou que ainda há fragilidades no sistema de atuação governamental de fomento à inovação, inclusive com falta de articulação entre políticas públicas.

Dessa forma, o TCU recomendou ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e ao MCTI que elaborem um diagnóstico dos problemas públicos a serem enfrentados. Também deverá haver uma revisão da Política Nacional de Inovação ou a formulação de uma nova política nacional de ciência, tecnologia e inovação, segundo a corte de contas.

Para o Tribunal, a política de inovação recentemente implementada ainda possui imperfeições capazes de impedir o alcance das metas necessárias para auxiliar no desenvolvimento do país. Na opinião do relator do processo, ministro Walton Alencar Rodrigues, "a PNI remanesce insuficiente para garantir a melhoria da produtividade das empresas e instituições brasileiras sob à ótica da inovação, visto que padece de fragilidades".

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As fragilidades

A autoria operacional do TCU foi feita para verificar a aderência da Política Nacional de Inovação (PNI) à legislação e às políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação. Segundo o órgão, a PNI tem como objetivo orientar, coordenar e articular as estratégias, os programas e as ações de fomento à inovação no setor produtivo, além de estabelecer mecanismos de cooperação entre os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Além da falta de articulação com outras políticas governamentais, também foi constatada falha no processo de diagnóstico do problema público a ser enfrentado, sem o estabelecimento das causas e dos efeitos desses problemas.

Essa não é a primeira vez que o TCU realiza auditorias sobre o PNI. As feitas anteriormente apontaram falhas na condução da política e resultaram em acórdãos que trataram, respectivamente, de avaliar o baixo posicionamento do Brasil no ranking e de acompanhamento realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sobre a proposta inicial da PNI.

Já no trabalho atual, o Tribunal monitorou se as falhas anteriormente identificadas foram sanadas com a institucionalização da PNI e se essa política está alinhada com os demais normativos que tratam do tema. "Os problemas detectados nas fiscalizações anteriores não foram totalmente sanados, nem mesmo com a implementação da PNI", resumiu o órgão.

A unidade técnica do TCU responsável pela fiscalização foi a Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação, vinculada à Secretaria de Controle Externo de Governança, Inovação e Transformação Digital do Estado.

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