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Com recursos de TACs das operadoras, projeto da Telebras pretende levar backhaul a cidades não atendidas

A Telebras apresentou nesta quarta-feira, 5, projeto para viabilizar backhaul cerca de 270 municípios sem a infraestrutura no País, sendo sete acima de 50 mil habitantes e a maioria no Nordeste, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. A empresa sugere cobrir o gargalo com um projeto técnico cujo Capex ainda está para ser definido. “Na primeira etapa, constrói a rede interligando todos os municípios ao backbone; na segunda, o backhaul começa a fazer parte desse backbone; e depois o backhaul chega às demais 113 cidades, com entre 8 mil e 20 mil habitantes”, detalhou o diretor técnico e presidente interino da Telebras, Jarbas Valente. A proposta é mais uma que prevê recursos dos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) das empresas de telecomunicações e do saldo da conversão das concessões no caso do PLC 79/2016 ser aprovado.

Valente sugere parcerias para fechar anéis óticos nos municípios. “Basicamente não temos os anéis em municípios acima de 200 mil habitantes, por isso o EILD é tão caro. Talvez o caminho seja trocar bilhões de reais do regime público pelo privado, e de forma isonômica, que todos possam usar a infraestrutura”, declarou ele durante apresentação no Conecta Brasil – Seminário de Expansão da Banda Larga pelos Provedores Regionais – na Anatel nesta quarta-feira, 5.

Ele sugere ainda outra solução para apaziguar uma demanda antiga dos pequenos provedores: o uso e compartilhamento de postes. A ideia é colocar um único cabo OPGW na parte mais alta dos postes, com obrigação de descer a fibra. Ela teria valor definido e poderia ser compartilhada com qualquer empresa, utilizando placas digitais que já levariam ao acesso em última milha ao usuário. “Estaríamos acabando com o emaranhado de fios, e deixaria por conta da Telebras a gente desenvolver um backhaul”, declara Valente, dizendo que a companhia está buscando “alguns fundos de investimento para viabilizar”. Também espera que, com isso, as operadoras e provedores móveis pudessem executar o compartilhamento de espectro (RAN Sharing) em frequências até abaixo do 700 MHz. “Teria todos os municípios cobertos e talvez recursos bem alocados.”

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Valente anunciou que irá ampliar a capacidade do backbone da Telebras para 3,2 Tbps, com os 11 de 110 nós de comutação já com o trabalho em andamento. A empresa atualizou a rede para obter SLA de 99,7%, e ampliou também a rota do linhão do Maranhão, prevendo para um futuro próximo novas rotas com as empresas de energia elétrica em cabo OPGW. “Na próxima etapa, vamos ampliar tudo para (capacidade de) 100 Gbps para dar conta do tráfego de satélite e atender a todas as operadoras e pequenos provedores”, complementa.

Em relação ao cabo submarino de 10,2 mil km que será administrado pela Ellalink, joint-venture entre Telebras e pela espanhola Islalink, e que interligará Brasil à Europa, a previsão de operação é para início de 2019. O presidente interino da Telebras afirma ainda que estão sendo estudadas extensões para chegar à África e à América Central.

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