Vivo conclui plano de expansão do 3G anunciado em 2011

Rancho Alegre, cidade paranaense próxima a Londrina, será a última cidade a receber cobertura 3G do plano de expansão da Vivo anunciado ainda no início de 2011, quando a operadora tinha uma cobertura de cerca de 600 municípios. Com os 2.832 municípios cobertos, a Vivo passa a ter ofertas de banda larga móvel 3G em mais de 85% da população brasileira.

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O presidente da Vivo/Telefônica, Antonio Carlos Valente, lembra que algumas dessas localidades têm menos de 15 mil habitantes. “A menor cidade em que instalamos uma antena 3G, Travesseiro, no Rio Grande do Sul, tinha apenas 2,3 mil habitantes, mas a Vivo não tem intenção de estar apenas nos grandes municípios onde outras também estão. Queremos estar em localidades de menos habitantes porque nestas só a Vivo está”, explica Valente.

Todas as localidades já têm a tecnologia 3G HSPA+, com excessão dos municípios nos estados do Acre e Roraima, por carência de infraestrutura de transporte. Os equipamentos de transmissão HSPA+ já estão instalados, contudo, e Valente espera poder ativar a rede 3G+ naqueles estados em breve.

Atraso

Segundo Valente, o atraso na conclusão da expansão, estimada inicialmente para o final de 2011, se deu por uma conjunção de fatores: “O tsunami que atingiu o Japão, onde são fabricados a maioria dos componentes, acabou afetando a indústria eletrônica do mundo inteiro e atrasou a entrega de equipamentos. Além disso, para recuperar esse atraso, precisamos de uma ação coordenada de implantação e sofremos com a falta de mão-de-obra, o que atrasou o cronograma”, justifica.

O executivo lembra que a conclusão do plano de expansão é apenas um marco e que a cobertura 3G vai continuar sendo expandida. “Até porque, como adquirimos a licença nacional de 4G, temos compromissos de cobertura e a obrigação de levar o 3G a todos os municípios brasileiros até 2016. A única coisa é que com a conclusão dessa expansão, saímos na frente em relação aos demais, com duas vezes mais cidades cobertas do que os nossos concorrentes somados”.

4G

Valente voltou a afirmar que todo o investimento que a Telefônica fará em 4G, da compra da licença à construção de infraestrutura, já estava contemplado no planejamento de investimentos do quadriênio 2011-2014, de R$ 24,3 bilhões anunciados no início do ano passado e nada deve ser alterado.

No cronograma do 4G, ainda é preciso que a operadora assine o termo de autorização para o uso da faixa na Anatel, o que deve acontecer na primeira semana de agosto. Depois disso, devem ser assinados os contratos com os fornecedores de infraestrutura, que ainda não foram escolhidos. A Vivo ainda está concluindo a modelagem da RFP que fará a escolha do fornecedor ou fornecedores e a expectativa é de que esta seja lançada em breve para que tenha início a implantação das redes para cumprir os cronogramas de atender até abril de 2013 as seis cidades-sede da Copa das Confederações e até dezembro do próximo ano as 12 cidades-sede da Copa do Mundo.

Antenas

Valente destacou novamente a necessidade de uma legislação federal para facilitar a implantação das antenas de 4G, cuja faixa de 2,5 GHz exige maior quantidade de ERBs instaladas do que a tecnologia 3G. “Estamos trabalhando muito com o ministro Paulo Bernardo para criar uma lei federal que facilite a implementação dessas redes, sem desrespeitar, contudo, os princípios constitucionais atribuídos aos municípios”, diz.

Para ele, o projeto de regulamentação das femtocells que deve ser distribuído a um relator no Conselho da Anatel até o final do mês poderá ajudar na cobertura 4G. “As femtocells vão ser uma solução interessante não só para descarregar alguns excessos de tráfego das redes móveis para redes fixas mas também para a dificuldade de instalação de sites. Já fizemos todos os testes que precisávamos fazer e estaremos prontos”, afirma sem dar mais detalhes sobre a provável oferta de femtocells.

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