TIM lança pacote de serviços e acirra a competição

A disputa pelo cliente que precisa acessar a internet de um computador fixo ou laptop, a qualquer hora, em qualquer lugar, promete esquentar o mercado de telefonia e de provimento de banda larga. A TIM lançou nesta quinta-feira, 5, um pacote de serviços que reúne mobilidade e portabilidade para voz e dados em contas pós-pagas, nas redes Edge e GPRS. A Vivo avaliou os produtos e chegou à conclusão de que é uma remodelagem do TIM Connect Fast, o serviço de acesso móvel que existe na operadora italiana há anos. A TIM planeja lançar futuramente também uma versão do produto para o serviço de telefonia fixa, do qual obteve licença recentemente da Anatel. Para isto, terá que ajustar o sistema de billing e fazer acordos e testes com as operadoras fixas, disse o presidente da TIM, Mario Cesar Araujo. Outra versão, só para dados, também será oferecida posteriormente para usuários pré-pagos, procedentes inclusive de outras operadoras. Com isto, eles poderão não apenas conhecer o serviço, mas também a operadora, abrindo caminho para um churn favorável à TIM.
Acontece que essa estratégia foi adotada pela Vivo em 2001, ao lançar o Vivo Zap, um pacote de dados que pode ser adquirido por qualquer usuário, independentemente da operadora. ?A iniciativa deles (TIM) é uma resposta ao Vivo Zap?, disse o gerente de marketing de oferta Premium da Vivo, Cristiano Zaroni. Para o executivo, como serviço e web móvel, o que a concorrente fez agora foi mudar o nome e o preço do TIM Connect Fast. ?Conhecemos bem o serviço, o histórico. É relançamento?, afirma Zaroni. Para ele, a iniciativa da TIM foi baseada no forte crescimento da Vivo no último ano. A popularização dos notebooks depois da queda de preço provocada pelos benefícios fiscais impulsionou o produto da Vivo, atualmente com 200 mil clientes usando placas ou modems USB exclusivamente para dados. Do total, 65% é pessoa jurídica e 35% pessoa física. Mas o gerente garante que o crescimento da demanda é muito maior para pessoa física. O executivo não soube dimensionar, mas garante que boa parte das aquisições de clientes provenientes dos concorrentes é atraída pelo produto de dados. Alguns, segundo ele, só usam voz da TIM ou da Claro com a placa da Vivo para conexão à internet.

Velocidade e preço

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O pacote de serviços integrados e acesso sem fio à internet da TIM é composto pelo TIM Web – plano pós-pago para acesso à internet em laptops ou desktops sem necessidade de provedor -; e TIM Mais Completo – serviços de telefonia móvel, telefonia residencial e acesso à internet. Este último é composto por 120 minutos de chamadas locais de voz para celular ou fixo; 200 minutos de chamadas para fixos locais; acesso à internet para o micro do cliente com um pacote de 250 Mb de dados/mês; e 60 torpedos; 60 foto mensagens mais 40 minutos em ligações recebidas em roaming. O preço é R$ 99 e, após seis meses, R$ 129.
?Não precisa carregar o micro, apenas o modem com a interface USB e pode ligar de qualquer outro laptop?, destaca Araujo. O serviço será prestado via rede GPRS em 2,6 mil municípios com cobertura e em mil destas localidades via Edge. A estratégia, segundo Araujo, é continuidade do TIM Casa, que permite chamadas do celular para fixo com tarifa inferior à do telefone convencional e tem hoje 400 mil usuários, desde o lançamento em novembro passado.
O TIM Web custa a partir de R$ 9,90 (40 Mb) com o dispositivo por R$ 389. No maior pacote, de 1 Gb, por R$ 49, o modem USB ou a placa PCMCIA está incluído. Após seis meses, os valores sobem para R$ 19 e R$ 69, respectivamente. Na rede GPRS, a velocidade atinge 40 Kbps e na Edge, de 200 Kbps a 250 Kbps. Neste último caso, a velocidade real fica entre 80 Kbps a 100 Kbps, assegura o gerente da Vivo. Zaroni destaca que na rede EV-DO da Vivo a velocidade nominal é 2,4 Mbps, enquanto a real é 700 Kbps. Além disso, a operadora oferece um plano ilimitado para volume de dados de R$ 139/mês. Nos demais casos, cobra R$ 49,90 por 100 Mb/mês e R$ 99,90 por 1 Gb/mês. A Vivo pretende manter na rede CDMA o tráfego de dados que requeira maior velocidade e na GSM o de menor velocidade, embora esta rede ainda não esteja preparada para dados na operadora.
Procurada por este noticiário, a Claro não retornou o pedido de entrevista até o fechamento.

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