O uso dos chamados chips virtuais (eSIMs) pode reduzir em ao menos R$ 120 milhões os custos logísticos com o setor de pagamentos no Brasil. A estimativa foi realizada pela Lyra M2M, empresa de conectividade voltada a soluções de Internet das Coisas (IoT).
O cálculo tem como base os cerca de 23 milhões de terminais de pagamentos (PoS) em uso no País – como as famosas maquininhas de cartão de crédito, por exemplo. De acordo com a Lyra, cerca de 20% desses equipamentos passam por trocas de chip todos os anos, a um custo médio de R$ 80 por intervenção técnica.
Considerando esse volume, o custo total chega a R$ 368 milhões anuais. "Considerando-se que, no mínimo, um terço desses dispositivos está apto para funcionar com eSIM, estimamos que o mercado de pagamentos poderia deixar de gastar pelo menos R$ 120 milhões ao ano", disse o head Comercial da Lyra M2M, Fábio Nogueira.
eSIM
Existem outras economias envolvidas no uso dessa tecnologia. Diferentemente dos chips físicos, os eSIMs permitem o gerenciamento remoto de perfis de operadoras e de configurações de rede. De acordo com Nogueira, essa mudança reduz o tempo e os custos com deslocamentos técnicos, além de minimizar o tempo de inatividade dos equipamentos.
"Cada troca pode levar de poucas horas a alguns dias, dependendo da localização do dispositivo", afirmou. Já a mudança de operadora via eSIM pode ser feita em menos de dois minutos, segundo a empresa. A tecnologia também é apontada como mais sustentável, com menor consumo energético e potencial para aumentar a vida útil dos dispositivos.
A Lyra também mencionou a oferta de um eSIM removível, que pode ser inserido no slot tradicional dos equipamentos. Segundo a empresa, isso evita a necessidade de substituição de terminais já em operação.