[Do Mobile Time Latinoamérica] O custo do espectro na América Latina subiu 42% entre 2010 e 2022, enquanto as receitas das operadoras da região caíram 48% no mesmo intervalo de tempo.
Os dados foram apresentados pela GSMA durante o evento M360, realizado nesta quarta-feira, 5, na Cidade do México. O diretor geral da entidade, Mats Granryd, afirmou que a América Latina precisará de 2 GHz para serviços móveis até 2030 e que a faixa de 6 GHz não será suficiente.
Ainda durante o evento, o Brasil foi elogiado por executivos da Argentina, do México e do Caribe por ter feito um leilão de 5G não arrecadatório.
"O exemplo de leilão de 5G do Brasil deveria ser levado para outros países", disse Sebastian Kaplan, vice-presidente de assuntos governamentais de Liberty na América Latina
"Até um ano atrás a Argentina não tinha espectro para 5G. A licitação realizada no fim de 2023 não foi exatamente como a indústria queria, ou seja, como o modelo brasileiro, que trocou investimento por um preço menor de espectro, mas pelo menos temos 5G agora", comentou Roberto Nobile, CEO da Telecom Argentina.
"O modelo adotado no Brasil pode não ser perfeito, mas é o melhor até agora", concordou Mônica Aspe, CEO da AT&T no México. Ela criticou o alto custo de espectro no México: "Não vamos comprar espectro nas condições atuais".