A operadora satelital Inmarsat e o governo de Minas Gerais assinaram um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) para explorar o potencial de soluções de Internet das Coisas (IoT) no monitoramento de barragens de rejeitos das mineradoras da região, anunciou a empresa nesta quarta-feira, 5
De acordo com a Inmarsat, a declaração de intenções estipula "uma estrutura para a cooperação" entre ela e o governo mineiro e descreve como as duas partes poderiam trabalhar juntas na pesquisa de opções para alcançar "uma maior conscientização e transparência das barragens de rejeitos da região". O MoU também aborda a possibilidade da Inmarsat fornecer ao governo sua solução de monitoramento inteligente de barragens de rejeitos.
O produto desenvolvido pela empresa é capaz de oferecer visibilidade em tempo real das condições das barragens através de sensores conectados que fornecem dados como pressão piezométrica, elevação do nível dos rejeitos, condições climáticas locais e leituras do inclinômetro. Tais informações são agregadas na "borda" do sistema da operadora (ou edge) e transferidos via banda L para um painel baseado na nuvem.
"Podemos trazer essa experiência para ajudar o governo do estado de Minas Gerais a monitorar as barragens de rejeitos de sua região', comentou o presidente da Inmarsat Enterprise, Paul Gudonis. A necessidade por soluções de monitoramento nas atividades de mineração brasileiras ficou ainda mais fremente após a tragédia de Brumadinho, que deixou pelo menos 245 mortos após rompimento de barragem da Vale na cidade durante o mês de janeiro.