Com o anúncio mundial da fusão das empresas francesas fabricantes de smart cards Axalto e Gemplus, que acontece oficialmente nesta terça-feira, 6, surge a Gemalto que inicia suas operações no Brasil. O faturamento somado das duas companhias, no ano fiscal de 2005, foi de US$ 2,1 bilhões, e o capital acionário será dividido em 44,6% para a Axalto e 55,4% para a Gemplus, proporcional ao valor de mercado das ações de cada uma. Juntas a capacidade de produção mundial será de 1 bilhão de cartões inteligentes por ano.
As duas companhias já atuavam no País com fábricas em Curitiba (Axalto) e Barueri (Gemplus Bank Note) e terão capacidade combinada de produção de 100 milhões de cartões inteligentes por ano. Somente a planta de Curitiba recebe um aporte anual médio de US$ 5 milhões, e é um pólo de exportação para o Cone Sul, com 30% do volume destinado para Argentina, Paraguai, Uruguai, Peru e Chile, afirma José Antonio Pinheiro, coordenador de marketing e comunicação da Gemalto.
A empresa vai atuar nos segmentos de identidade, ePassport, healthcare, segurança e pagamentos eletrônicos voltados para as áreas de telecomunicações, governo e financeira. No Brasil o principal foco, segundo Pinheiro, é a área de telecomunicações. ?Tanto a Axalto quanto a Gemplus têm como clientes todas as operadoras móveis do mercado que usam o simcard em seus aparelhos GSM, incluindo a Vivo que, apesar de contar com rede CDMA, oferece o aparelho worldphone dual mode (CDMA e GSM)?, diz Pinheiro. Também está nos planos da companhia implantar novos centros de distribuição.
Segundo estimativas da Gemalto, o mercado de cartões é de 250 milhões nos setores de transporte, telecomunicações e bancário, sendo que os cartões inteligentes representam 30% desse montante. O crescimento estimado nesse segmento é de 10% ao ano. Segundo Pinheiro, a expansão da rede celular no ano passado alavancou o crescimento da Axalto que registrou um crescimento de 112%.