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TIM já tem Ericsson e Huawei entre fornecedores de 5G e abre licitação para core de rede

A TIM está com processo de seleção aberto para escolher o fornecedor do core de sua rede 5G. Segundo informou ao TELETIME Leonardo Capdeville, CTIO da companhia, este processo está em andamento, apesar do primeiro projeto piloto em Brasília ter utilizado core de rede da Ericsson. “Estamos em licitação do core que vai ser escalado para toda a operação, mas uma série de plataformas do core está pronta. O arcabouço da tecnologia já está pronto. Por isso que a gente sempre disse que não levaria cinco anos para implementar”.

Segundo Capdeville, outra decisão que agilizará o 5G para a TIM foi a decisão feita há alguns anos de implementar massivamente o VoLTE (voz sobre rede 4G), que será essencial para viabilizar serviços de voz. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, a companhia conta atualmente com 4.086 cidades com a tecnologia habilitada – ou seja, praticamente todos os municípios (4.121) onde a empresa tem cobertura 4G. 

Rádio contratado

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Segundo Capdeville, a rede de acesso já está contratada. “A parte de rádio, quando fizemos a nossa última compra (de 4G) já entrou o 5G nas nossas negociações. O nosso último edital da parte de acesso contratamos a Ericsson e Huawei, e nesse contrato foi negociado tanto a parte 4G quanto 5G e a princípio isso se mantém. Pela necessidade de tempo, teríamos que começar com ele (o contrato)”, diz Capdeville.

Ele explica ainda que estes contratos não preveem ainda a adoção de elementos em padrão Open RAN. “Nem Ericsson nem Huawei estão muito ativas no conceito do Open RAN, que é o decoder entre o hardware de um vendor A e o software do vendor B. O Open RAN está muito desenvolvido para o 4G mas ainda não está muito desenvolvido para o 5G. O Open RAN não é uma aposta, é uma certeza, mas a gente ainda tem um tempo de maturidade. Acredito que a gente vai começar a ver isso em deployment, em escala, lá para 2024 ou 2025″.

Segundo Capdeville, considerando as obrigações de um bloco de 80 MHz na faixa de 3,5 GHz, será necessário instalar entre 1,2 mil e 1,3 mil ERBs para atender à primeira meta da Anatel no início das operações.

O executivo afirma que a TIM tinha em planejamento evoluir a rede para uma rede 5G standalone, e se o edital se mantiver da forma como foi aprovado pela Anatel, a empresa apenas precisará acelerar o ritmo.

Antecipação nas capitais

Haveria a possibilidade de antecipar os compromissos de instalação de redes 5G para aproveitar as vendas de Natal deste ano ou o Dia das Mães de 2022? Segundo Capdeville, sim. O edital fala em 300 dias após a assinatura dos termos de autorização, o que pelo cronograma atual levaria o início do 5G nas capitais para julho de 2022. “A variável principal aqui não é a data do leilão, mas as liberações pós-leilão. É preciso liberar o espectro (de 3,5 GHz). Se a Anatel entender que nas capitais é possível liberar o espectro em algumas cidades antes, é possível lançar antes do final do ano. Seria um sonho, mas é alcançável”, diz ele.

Para isso, contudo, a Anatel terá que avaliar se nas capitais o risco de interferências do 5G nas estações receptoras de banda C, tanto para o mercado corporativo quanto para os domicílios que utilizam parabólica para os sinais de TV (TVRO), está equacionado.

Para antecipar as operações de 5G em 3,5 GHz, Capdeville aposta que a base de usuários de TVRO nas capitais não será relevante a ponto de ser necessário esperar até julho do ano que vem para a liberação, e que a meta inicial também incluirá uma cobertura pequena de 5G, incapaz de criar transtornos para as recepções por parabólica. “A Anatel e a EAF terão que fazer esse levantamento, mas acho possível. Vamos debater isso com o governo, mas acho que será possível antecipar pelo menos nas capitais”.

Condições do edital

Para a TIM, o arcabouço do edital, com metas não arrecadatórias, equilíbrio de blocos de espectro e tamanho dos blocos já é conhecido. Mas ainda falta entender os detalhes. “De acordo com o que conhecemos, o edital está caminhando muito bem, mas precisamos entender ele em detalhes. As metas são razoáveis e equilibradas. Elas ficam mais pesadas apenas na faixa de 700 MHz, onde as metas de cobertura de rodovias são bastante ousadas”. Segundo ele, o foco da TIM é a faixa de 3,5 GHz, mas nenhuma faixa está fora do horizonte. “O 26 GHz também interessa porque é o futuro”.

Podcast

A íntegra da entrevista com Leonardo Capdeville será divulgada na próxima edição semanal do Podcast TELETIME, que será publicada no próximo final de semana. TELETIME publica, diariamente, um podcast com o resumo analítico das principais notícias do dia, e aos finais de semana uma edição semanal com um tema em destaque. Na entrevista, Capdeville ainda comenta eventuais mudanças que poderiam acontecer no edital, as metas e obrigações de construção de uma rede privativa e de uma rede fluvial na região amazônica e a expectativa da TIM sobre a operacionalização dos compromissos de cobertura. O podcast pode ser acompanhado em todas as principais plataformas ou pelo site da TELETIME.

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