NCTA quer se mostrar mais aberta ao mundo digital

“É hora da indústria olhar além das suas fronteiras e dos players tradicionais”, disse Michael Powell, presidente da NCTA (associação das operadoras de cabo dos EUA), na abertura do INTX 2015. A declaração reforça uma posição da indústria americana de se mostrar menos reativa às mudanças trazidas pelo mundo online, e, pelo contrário, abraçá-las. Foi o que motivou a mudança do nome do tradicional evento anual da associação, The Cable Show, para o atual, que é traduzido como “The internet and television show”.

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Na prática, pouca coisa muda. Na área de exposição e nos paineis do congresso ainda predominam as empresas tradicionais do setor, operadoras, programadoras e fornecedores de equipamentos.

A industria, diz Powell, está respondendo rápido às mudanças, mas isso tem que ser acelerado. “Há uma nova urgência”, diz. “A transformação agora é exponencial, a nova geração está dando o tom desse novo comportamento. Teenagers sempre fizeram isso que fazem agora, são apaixonados pela comunidade, pelos seus amigos. Agora a  vida real compete com a televisão, eles filmam tudo, compartilham”, disse o executivo.

Durante a história recente, lembra, tínhamos um device único na casa, a TV, que todo o mundo via. Na última década isso mudou, ela não é mais tão importante, os usuários mudaram para telas mais íntimas. “Então temos que estar nessas telas. O cabo está levando seus conteúdos para esses devices. Tem que ser amigo do conteúdo gerado pelo usuário. Ninguém só assiste uma coisa ou outra”.

“Rupturas”, prosseguiu Powell, “vêm com coisas boas e ruins. O bom é que esta vem com essas experiências, ver coisas a que você nunca tinha acesso. O ruim é que cria oportunidades de piratear, destruir modelos que estão estabelecidos, destruir valor”. As empresas de internet, como Google e Amazon, disse, têm que ser acompanhadas, pois mexem com o tema da privacidade. “O negócio deles não é vídeo, usam isso para capturar dados, informações sobre os usuários, vender outros produtos. São ousados, tomam riscos, que são permitidos pelo mercado por eles serem inovadores, que as companhias tradicionais não podem assumir”.

Infraestrutura

Powell lembrou que o cabo é o líder da infraestrutura que torna tudo isso possível. “Oferecemos velocidades que vêm aumentando 50% ano. Temos 102 milhões de assinantes, isso não vai cair para 5 milhões de repente. A programação de alta qualidade e os eventos ao vivo têm valor. A internet é ótima, mas você tem só o que consegue, não tem garantia de qualidade”.

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