Mesmo com expectativas de que a economia brasileira enfrente um ano difícil, as oportunidades de captação de recursos para startups podem se manter aquecidas, como mostrou o painel de abertura do 14º Tela Viva Móvel, evento organizado pela Converge Comunicações e iniciado nesta terça-feira, 5, em São Paulo. O sócio fundador da DLM, Paulo César Caputo, considera que o cenário macroeconômico atual pode representar abertura para as startups, até por ser um momento passageiro. "Não vejo com pessimismo, vejo como hora de oportunidade. E a perspectiva é de grandes oportunidades de investimento exatamente para aproveitar a entressafra".
A CEO da Gema Ventures, Luisa Ribeiro, afirma que ninguém olha a curto prazo no meio de startups e investidores. "Pessoas que têm o know-how da indústria e são talentosas agora estão disponíveis e têm a chance de empreender. Por outro lado, empresas clientes de startup estão repensando eficiência, o que também gera oportunidades", declara.
Da mesma forma, o CEO e sócio fundador da Loggi, Fabien Mendes, acredita que existe um cenário de crise que possa fazer com que empresas cresçam menos, mas já houve tempestades semelhantes. "Há quatro ou cinco anos, tivemos um grande boom (em mercado de captação)", diz. "Com certeza está muito difícil (em relação a essa época), mas era uma bolha irracional", completa.