Rede privativa no DF depende de negociação com operadoras, diz EAF

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A EAF (entidade que implanta as metas estabelecidas no edital de 5G) está em compasso de espera para iniciar os trabalhos para a rede privativa móvel que precisa ser implementada no Distrito Federal. Segundo Leandro Guerra, presidente da EAF, é preciso que o governo finalize a negociação do acordo de uso da infraestrutura das operadoras que já têm redes móveis na capital. Ele explica que esse é um acordo atípico, já que não se trata de um RAN Sharing normal, em que as operadoras compartilham o acesso de rádio de suas ERBs, cada uma entrando com uma quantidade de estações. No caso da EAF, não haverá uma troca de capacidades, a frequência que será usada não está ainda configurada e porque existem elementos específicos das redes que precisam ser configurados justamente para dar a característica de uma rede crítica e segura, que não é algo comum no Brasil.

Segundo ele, trata-se de algo mais próximo a um uso industrial do espectro. Além disso, explica ele, essa negociação precisará ser feita pelo ministérios das Comunicações, e não pela EAF, pois as operadoras móveis que atuam em Brasília são associadas da EAF e haveria um conflito potencial. "Temos que ver se será possível chegar a um termo adequado e se as propostas serão viáveis dentro das necessidades especificadas pelo governo. Se não houver, a EAF está pronta para construir a rede toda". 

Ele explica que a única contratação, até o momento, foi o sistema da Motorola, que fará a integração da rede com outras redes legadas de segurança pública já existentes. O resto depende de negociação com as operadoras de telecom, para que se possa definir o core de rede e a cobertura em rádio.

Notícias relacionadas

Rede fixa

Já a rede privativa fixa nas capitais está sendo implementada, diz Guerra, mas ainda falta uma definição sobre quais serão exatamente os pontos a serem conectados a partir dos anéis metropolitanos que estão em construção. Sabe-se que serão cerca de 6,5 mil pontos em todas as cidades.

Em relação às obrigações de instalação de cabos subfluviais, Guerra diz que os cronogramas estão sendo adaptados ao regime de chuvas, que podem afetar o lançamento dos cabos, mas também às licenças ambientais necessárias, que em muitos casos acabam saindo com atraso em relação ao cronograma imaginado.

Satélites

Já a instalação de kits de recepção de banda Ku para os beneficiários do Cadastro Único, Guerra acredita que até o meio do ano a tarefa esteja completamente cumprida. Atualmente há cerca de 4,8 milhões de antenas de banda Ku distribuídas para a população de baixa renda que recebe programas do governo, e a expectativa é chegar perto de 5,1 milhão até junho. Quando isso acontecer, será a segunda meta da EAF completada. A primeira foi a mitigação de interferências nas antenas de recepção de satélites usadas em serviços corporativos, etapa esta já concluída.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!