Em comunicado onde comemorou a decisão da Anatel de liberar toda a faixa de 6 GHz para WiFI 6E, a Dynamic Spectrum Alliance (DSA) projetou novas decisões regulatórias sobre o tema em mais países das Américas ainda em 2021.
Segundo a entidade, que advoga pela gestão compartilhada de espectro, Colômbia, México, Honduras, Costa Rica, Peru, Argentina e Canadá devem bater o martelo sobre o 6 GHz até o fim do ano.
Com a confirmação da decisão pela Anatel, o Brasil foi considerado um futuro hub para a tecnologia. "A alocação de toda a banda de 6 GHz é crítica para que tecnologias que usam espectro não licenciado, como Wi-Fi 6E, possam ser lançadas, desenvolvidas e prosperar no País", sinalizou a presidente da DSA, Martha Suarez.
Como revelado no ano passado, a estimativa da aliança é que a destinação gere um impacto positivo de US$ 164 bilhões na economia brasileira. Entre os grandes beneficiados estariam provedores regionais de Internet, empresas e consumidores de aplicações de vídeo.
5G
A DSA também destacou espaço para o WiFi 7 em 6 GHz no futuro, além do 5G em cima de espectro não licenciado (NR-U). Entre os membros da associação estão gigantes de Internet como Amazon, Facebook, Google e fornecedoras como Cisco e CommScope.
Vale notar que, ao contrário da DSA, a GSMA (representante global das operadoras) vê a destinação de todo o 6 GHz para WiFi 6E como um risco ao 5G. A entidade acredita que parte do espectro deveria ser resguardada para atendimento da futura demanda por serviços móveis.
Os novos requisitos técnicos do WiFi 6E já foram publicados pela Anatel. A expectativa é que as primeiras certificações de equipamentos sejam concluídas em semanas, com produtos chegando em breve ao mercado.