Firefox, Tizen e Ubuntu tentam atrair a atenção de teles e desenvolvedores

Plataformas alternativas estão se esforçando para chamar a atenção de operadoras e de desenvolvedores móveis durante o Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, na tentativa de quebrar o duopólio formado por Android e do iOS no setor de sistemas operacionais para smartphones. É o caso do Firefox, do Tizen e do Ubuntu, todos presentes com grandes stands na feira.

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A participação do Tizen com stand no MWC é inédita. O sistema, baseado em Linux e aberto, é apoiado pela Samsung, que lançou o primeiro smartphone com a plataforma na Índia este ano, ao preço de US$ 92. Sua principal vantagem é ser leve, sem necessitar especificações de última geração para rodar. O modelo vendido na Índia tem apenas 786 MB de memória RAM, 4 GB de memória para armazenamento, um processador dual core de 1,2 GHz e 1,5 mil mAh de bateria. Há uma Tizen Store para a distribuição de apps, com mais de 1 mil títulos em catálogo, inclusive alguns dos mais populares, como Facebook e YouTube. Por enquanto, é acessível apenas na Índia e em Bangladesh. A ideia é levar o Tizen para outros devices, como TVs, geladeiras e outros eletrodomésticos.

O Firefox OS, criado pela Mozilla, tem o mesmo objetivo de ser leve e atender a smartphones mais baratos. Seu modelo mais em conta é o Cherry Mobile Ace, vendido nas Filipinas por US$ 23. Tem tela de 3,5 polegadas, processador de 1 GHz e conectividade apenas 2G. Em breve, a Orange lançará em nove países da África o Pixi, criado pela Alcatel One Touch, e dará seis meses de voz e SMS ilimitados, além de 500 MB por mês: tudo embutido no preço do aparelho. O Firefox OS é baseado em HTML5, o que facilita a programação de apps: qualquer desenvolvedor que saiba criar um site pode fazer um app. O Firefox OS tem contado com apoio de diversas operadoras ao redor do mundo, também interessadas em reduzir a dependência do Android. A Telefônica é uma das parceiras que mais promovem esse sistema.

O Ubuntu, por sua vez, tem outra estratégia. Ele não é voltado para smartphones de entrada, mas para os top de linha. Enquanto no Android e no iOS o usuário precisa criar uma conta do Google ou da Apple, respectivamente, no Ubuntu isso não é necessário. O relacionamento é feito diretamente com a operadora móvel que pode customizar livremente o device. Esse é o discurso oficial para tentar convencer as teles a adotá-lo. "A identidade dos usuários é gerenciada pela operadora", explica Joe Odukoya, gerente de produtos da Canonical, empresa responsável pelo Ubuntu. Seu mais novo modelo é o Meizu, que será lançado em breve na Europa e na China por 170 euros.

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