Vero quer ser mais assertiva em inovação após parceria com Cubo Itaú

Fabiano Ferreira, CEO da Vero

Atender de forma mais assertiva as novas necessidades de consumidores, sejam eles pessoas físicas ou empresas, é o que levou a Vero a se juntar ao Cubo Itaú, o ecossistema de startups que leva o nome de um dos maiores bancos da América Latina. É o que explica o CEO da operadora mineira, Fabiano Ferreira.

Em entrevista exclusiva ao TELETIME, o executivo explica que desde a fusão com a Americanet, ainda em 2023, a Vero ganhou mais poder de fogo para iniciativas no setor de inovação. "É uma companhia que tem mais possibilidades para inovar, mais recursos para poder aplicar. E nós estamos com esse apetite", frisa.

Com R$ 150 milhões para investimentos na área em 2025, a empresa deseja usar inteligência artificial (IA) para otimizar processos e reduzir custos, melhorando a satisfação na ponta. Também está no plano o lançamento de novos serviços.

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No caso da parceria com o Cubo, Ferreira explica que a decisão de integrar o ecossistema foi tomada há alguns meses, após avaliação de diferentes alternativas. Ao estar ao lado de outras startups de inúmeros setores da economia, o entendimento é que será muito mais fácil encontrar soluções e parceiros para atacar as dores dos usuários.

De maneira geral, a operadora deve realizar provas de conceitos (POCs) em quatro áreas estruturais: Inteligência Artificial (IA), treinamento de colaboradores, experiência do cliente e novos produtos e serviços.

Neste último aspecto, a operadora deve inclusive começar fazer testes pilotos até março. Uma vez aprovada, a solução implementada na primeira geografia (por hora não revelada) deve avançar para outras cidades do País.

Para dar o próximo passo e tirar as ideias do papel, as diretorias da Vero estão em processo de imersão no ecossistema do Cubo, cada qual elegendo as prioridades e conversando com eventuais parceiros. Em 2023, o Cubo Itaú encerrou o ano com mais de 500 startups, 740 aplicações em desafios de negócios e US$ 2,1 bilhões sob gestão dos fundos.

Curto e longo prazo

"A IA é a forma de ser mais eficiente e um grande driver de eficiência em todas as áreas. E eficiência é melhorar os processos internamente, principalmente tempo de resposta, que a gente quer reduzir e, no final, ter um ganho de agilidade", comenta Ferreira.

Mas enquanto a melhoria de processos internos é algo mais voltado ao curto prazo, a implementação de novos produtos tem um horizonte de tempo maior para ser concretizada. Esses resultados são esperados a partir do segundo e terceiro trimestre deste ano e, especialmente, em 2026, ressalta ele.

"Novos produtos e serviços trazem mais receita e mais resultado, [mas] isso não é de curto prazo. Por isso, a questão de eficiência é algo que temos sempre que procurar", diz Ferreira.

Telecom e inovação

Questionado sobre o investimento relativamente baixo em inovação do mercado de telecomunicações, o CEO da Vero acredita que a área deve ganhar espaço nas empresas na medida em que mais resultados começam a aparecer. Ele deu como exemplo a própria empresa.

"Nós não mudamos o nosso core business. Eu preciso entregar conectividade, seja ela fixa com a banda larga ou seja ela móvel. Mas a forma de entregar isso – a forma de se relacionar com o cliente e o que mais eu posso colocar dentro disso -, isso é o que está mudando", afirma ele.

Por fim, Ferreira pondera que "não é possível mudar o seu core business radicalmente", mas que a inovação será uma jornada em todas as empresas. "Na medida em que você fica maior como empresa, há essa possibilidade de investir mais em inovação."

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