Internet das Coisas na rede móvel avança quase 10% no Brasil em 2024

Foto: Freepik

Principal responsável pelo crescimento do mercado móvel em 2024, os acessos de Internet das Coisas (IoT) via redes celulares avançaram 9,9% no Brasil em 2024, alcançando um total de 47,3 milhões de pontos ativos.

Ao todo, foram 4,2 milhões de novos acessos trazidos pela indústria móvel no ano passado, indicam dados da Anatel. São acessos que atendem mercados como rastreamento veicular, terminais de pagamentos, medidores inteligentes, soluções de segurança residencial e de telemetria no segmento corporativo, por exemplo.

Entretanto, muitos usos de IoT não dependem de redes móveis (2G, 3G, 4G ou 5G) e utilizam outras tecnologias de conectividade para a troca de dados, não sendo incluídos nesta conta.

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M2M cresce, pagamentos caem

Hoje, os acessos de IoT reportados à Anatel são divididos em duas categorias. Uma delas é a M2M (Machine to Machine), para casos de comunicação entre máquinas sem necessidade de interação humana frequente. Este foi o grande motor do segmento em 2024, com crescimento de 20,2% (+4,3 milhões de contratos, alcançando base de 25,9 milhões).

Por outro lado, há os chamados pontos de serviço (PoS) usados sobretudo em terminais de pagamento eletrônico. Essa categoria reduziu 98 mil chips em 2024 (-0,4%), para base de 21,3 milhões. Aqui entram acessos destinados a maquininhas de cartão, por exemplo.

4G domina

O 4G cresceu em 2024 como principal tecnologia móvel usada no atendimento do mercado de IoT. A tecnologia suporta 49% dos acessos do segmento, contra 39% há um ano. Ao todo, são 23,4 milhões de chips para Internet das Coisas na rede de quarta geração, sendo que 6,2 milhões ingressaram no ano passado.

O 2G cresceu modestamente, mas perdeu participação de mercado (28% dos acessos, ante 30% há um ano). A tecnologia suportava 13,3 milhões de chips até dezembro, após 87 mil novas adições ao longo do ano.

Já o 3G está caindo rapidamente. O share da tecnologia no mercado IoT móvel reduziu para 22% em 2024, ante 29% um ano atrás. São 10,4 milhões de acessos, após perda de 2 milhões no ano passado.

Há a expectativa de que a Anatel deixe de certificar, a partir de abril deste ano, equipamentos com suporte à tecnologia 2G e 3G, numa estratégia regulatória para forçar a migração das redes de IoT para o 4G e 5G.

O 5G, por sua vez, ainda não caiu nas graças da indústria, mesmo com a promessa de habilitar conexões massivas de IoT. A tecnologia representa apenas 0,1% da base IoT móvel ao fim de 2024. Eram cerca de 83 mil acessos no País em dezembro.

Empresas

No recorte das empresas, a Vivo adicionou cerca de 1,5 milhão de acessos IoT em 2024 e fechou o ano com 17,4 milhões de chips, se distanciando da Claro, que ficou praticamente estável em 14,9 milhões.

Já a TIM teve crescimento percentual relevante (de 18%), alcançando 5,9 milhões de acessos após mais de 900 mil adições.

Porém, foi a Surf quem teve o maior crescimento percentual do ano: 151%, após mais de 688 mil novos acessos. Algar, Datora, NLT, Telexperts e Emnify também tiveram avanços importantes.

(Arte e colaboração de Danilo Paulo)

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