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Com InfraCo da Oi, BTG Pactual quer se tornar um operador de longo prazo no mercado de telecom

Foto: Pixabay

A se confirmar a posição do BTG Pactual como “stalking horse” na compra da InfraCo (unidade de fibras da Oi) e a provável conclusão do negócio, o mercado brasileiro tende a ganhar um operador de longo prazo, e não apenas um investidor que entra no negócio para sair numa primeira oportunidade. Pelo menos é essa a sinalização que tem sido dada pelo grupo aos reguladores e às demais operadoras. Segundo fontes ouvidas por TELETIME envolvidas diretamente na operação de compra da InfraCo, a promessa é de um investimento de décadas, focado no desenvolvimento de uma operadora B2B2C, ou seja, uma rede neutra que vai ter na Claro, TIM e Vivo, além dos players regionais e locais, seus principais clientes. Não há plano de competição direta pelo consumidor final. Esta é a razão pela qual o BTG Pactual inclusive é bastante reticente em relação ao leilão de 5G, ainda que não esteja descartada essa hipótese.

A expectativa de conclusão das negociações para a compra da InfraCo é de mais dois meses para que sejam finalizados mais de 16 contratos, e depois mais um mês para a realização do leilão junto ao juízo da recuperação judicial. Nesse período o BTG deve montar a equipe.

Segundo fontes de mercado, a oferta do BTG pela InfraCo foi razoavelmente mais agressiva em relação à Highline e uma das razões para isso foi o business plan da Globenet, controlada pelo BTG, que tem contratos importantes com a Oi em tempo de renovação. E de fato a Globenet está junto com o BTG Pactual Economia Real na oferta pela InfraCo.

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Um IPO no futuro não estaria descartado de um business plan da InfraCo. Aliás, Amos Genish, um dos diretores do BTG à frente do negócio e que terá envolvimento direto com a operação, caso o negócio se conclua, foi o artífice de um IPO extremamente exitoso da GVT em 2007, que na época capitalizou a empresa em R$ 1 bilhão (valores de 2007). Mas esse é um plano de médio prazo. Num primeiro momento, a missão do BTG será transformar uma das maiores infraestruturas de fibra existentes (cerca de 400 mil km) na maior rede neutra do mundo.

Aprovação regulatória

O BTG tem preocupações regulatórias com a aprovação da compra, como não poderia deixar de ser, mas está confiante, segundo fontes ouvidas por este noticiário, com a modelagem feita pela Oi, que procurou blindar os bens reversíveis da concessionária e isolá-los das redes que estão sendo incorporadas à InfraCo. Mas, segundo interlocutores que participam do negócio, será muito mais tranquilo para a aprovação do negócio que a Oi consiga concluir a migração da concessão para autorização e resolva as pendências com a Anatel. Até porque a Oi seguirá sócia da InfraCo, pelo menos num primeiro momento.

Já fontes da agência acreditam que a Análise da venda da InfraCo será extremamente desafiadora. Além da questão dos bens reversíveis, que são os bens de infraestrutura da Oi vinculados à oferta de telefonia fixa, será necessário entender o impacto da alienação dos ativos de fibra no modelo de negócio da Oi e na sua capacidade de arcar com as obrigações atuais e futuras, seja na condição de concessionária, seja como autorizada, caso opte em migrar para o novo modelo. Além disso, há um processo longo e complexo de arbitragem dos eventos que teriam gerado desequilíbrio econômico-financeiro em favor da concessão ao longo de anos, ou os saldos que a Anatel entende haver em favor da União pelas mudanças nas metas de universalização. 

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